Infusão transoperatória de aminoácidos e glicose.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Albuquerque Filho, Ernann Tenório de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-07082002-164825/
Resumo: Deficiências nutricioniais são freqüentemente associadas a aumento das taxas de morbidade e mortalidade no pós-operatório. Descreve-se há mais de 50 anos a relação existente entre perda de peso corporal pré-operatório e o aumento da mortalidade no pós-operatório. Vários fatores, além da desnutrição em si, contribuem para este quadro, entre eles a própria doença de base, a cirurgia, infecções associadas, dentre outros. Sabidamente, na presença de trauma físico e ou metabólico, são observadas alterações no metabolismo das proteínas e dos aminoácidos, além da liberação e aumento de hormônios catabolizantes. O presente trabalho objetiva avaliar se a infusão endovenosa de aminoácidos e glicose, em via periférica, em pacientes submetidos ao estresse cirúrgico, altera esse estresse e/ou resulta em retenção de nitrogênio aminoacídico. Foram estudados 18 pacientes, triados e operados pela mesma equipe médica captados do ambulatório do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas. Após serem avaliados e, consentida a realização do protocolo de estudo, foram submetidos à avaliação nutricional e, aleatoriamente, divididos em dois grupos. O grupo I, ou controle, durante o período transoperatório, recebeu solução de ringer com lactato e glicose 5%, como rotineiramente utilizado pelo Serviço de Anestesia e Cirurgia da Universidade Federal de Alagoas. O grupo II, ou teste, além da infusão de soro ringer com lactato e glicose 5%, recebeu aminoácidos 6,6% e glicose 16,6%, equivalente, respectivamente, a 50 gramas de proteína e 250 g de glicose. Observou-se, nos resultados, que não houve diferença estatística entre os grupos estudados, no que se refere à sexo, faixa etária, exames bioquímicos, aminoácidos e concentração urinária de adrenalina no pré e pós-operatório. Observou-se, ainda, que o grupo II, que recebeu solução de aminoácidos e glicose, não excretou mais nitrogênio nos períodos pré, trans e pós-operatório, em comparação ao grupo I, mantendo os valores semelhantes ao grupo I após 24 horas do início da anestesia. No entanto, o grupo II, embora tenha excretado quantidades semelhantes de nitrogênio em comparação ao grupo I, teve um balanço nitrogenado, em média, menos negativo que o grupo I (p<0,05), retendo aproximadamente 40% a mais de nitrogênio aminoacídico. Conclui-se, desta forma, que a infusão parenteral de nitrogênio aminoacídico 6,6% e glicose 16,6% no transoperatório pode ser benéfico aos pacientes sob estresse cirúrgico.