Perfil de utilização de medicamentos na gestação: um estudo farmacoepidemiológico no município de Piracicaba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Carmo, Thais Adriana do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-05032020-102735/
Resumo: A utilização de medicamentos por gestantes deve ser considerado como um problema de saúde pública. Revisando-se a literatura percebe-se que se trata de um comportamento de alto risco terapêutico pois existem inúmeras lacunas sobre suas conseqüências ao feto e à gestante. Neste sentido, a utilização de medicamentos no período de gravidez deve ser feita com muita cautela. Os estudos farmacoepidemiológicos podem contribuir para minimizar os riscos inerentes à terapia medicamentosa, traçando um perfil do consumo de medicamentos na gestação, identificando quais, quantos e como estão sendo utilizados os medicamentos, propiciando uma avaliação e apontando medidas de intervenção. Partindo desses pressupostos, o objetivo deste trabalho foi traçar um perfil de consumo de medicamentos em gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde do município de Piracicaba, através de um estudo transversal, utilizando-se os indicadores de prescrição selecionados pela Organização Mundial de Saúde e a classificação de medicamentos segundo risco ao feto do Food and Drug Administration. Encontrou-se que 61,6% das entrevistadas utilizaram pelo menos um medicamento na semana anterior a pesquisa e 18,6% delas referiram ter se automedicado. Na consulta de pré-natal 44,7% receberam prescrição medicamentosa, sendo os grupos de medicamentos mais prescritos aqueles que atuam sobre o sistema hematopoiético (34,9%) e os antiinfecciosos (21,2%). Preocupa o fato de que, do total de medicamentos prescritos, 77,7% apresentavam alguma inadequação, incluindo medicamentos absolutamente contra-indicados na gravidez (1,5%). Estes dados sugerem uma medicalização da gestação e a necessidade de medidas de intervenção para uma utilização racional dos medicamentos no pré-natal.