Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Garin, Yuri |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-03112015-114637/
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Resumo: |
O Maciço Corupá aflora na região N-NE do estado de Santa Catarina, por uma área aproximada de 50 Km², com forma semi-anelar, intrusivo em rochas gnáissico-granuliticas da Microplaca Luis Alves, no extremo meridional da Província Serra do Mar constituída de sienitos e granitos neoproterozóicos de Tipo-A. O maciço é constituído de rochas sieníticas, que compreendem seis fácies petrográficas, rochas graníticas, dioríticas, híbridas, além de enclaves monzoníticos associados a variedade de sienito róseo de granulação média. A variedade de sienito de coloração verde apresenta granulação que varia de média a grossa, já o sienito de coloração rósea apresenta granulações finas, médias e grossas. O álcali-feldspato sienito supersaturado, hipersolvus, de coloração verde (5<IC<15), é constituído por clinopiroxênio hedenbergítico, anfibólio cálcico a cálcio-sódico, olivina faialítica. As variedades de coloração rósea (5< IC <15) são predominantes no maciço, e são compostas por clinopiroxênio hedenbergítico a aegirina-augítico e anfibólio cálcico a cálcio-sódico. Em todas as variedades sieníticas, os acessórios típicos incluem chevkinita, ilmenita, apatita e zircão. O álcali-feldspato melasienito (IC > 50) é saturado, com clinopiroxênio hedenbergítico, olivina ferro-hortonolítica, biotita, ilmenita, magnetita, apatita e zircão. Álcali-feldspato granitos hipersolvus (IC ~ 5) são subordinados, e afloram principalmente nas áreas centrais do anel sienítico. Apresentam, entre os minerais máficos, anfibólio cálcio-sódico a sódico, chevkinita, zircão, apatita e fluorita. Rochas dioríticas equigranulares de granulação média (10 < IC < 15), com clinopiroxênio diopsídico, anfibólio cálcico, biotita, magnetita, ilmenita, apatita e zircão) aparecem sob a forma de diques sin-plutônicos de dimensões métricas e em pequenos corpos irregulares. Enclaves híbridos de composições monzodioríticas a monzoníticas ocorrem associados aos sienitos róseos de granulação média. Os álcali-feldspato sienitos e melasienitos são metaluminosos (tipos mais máficos, 0,61<A/CNK<0,88 e 1,02< A/NK <1,13, 0,16< mg# <0,37; os melasienitos chegam a apresentar 20 % em peso de \'Fe IND.2\'\'O IND.3\') a peralcalinos (tipos mais félsicos, 0,82 <A/CNK < 0,84 e A/NK = 0,96, 0,10<mg#<0,13), enquanto os álcali-feldspato granitos são tipicamente peralcalinos (A/CNK=0,86 e A/NK=0,94, mg#=0,08). As rochas dioríticas são metaluminosas, com 0,50 <mg#<0,55 (11,60%<\'Fe IND.2\'\'O IND.3\'<13,50%, 6,10% < \'Na IND.2\'O+\'K IND.2\'O< 7,80% e 1,85% <\'K IND.2\'O< 2,80%). Os enclaves híbridos, principalmente os de composição mozonítica, apresentam valores intermediários entre os dioritos e os sienitos. As relações petrográficas e o quimismo de rochas e minerais sugerem que as rochas sieníticas estão relacionadas por processos simples de cristalização fracionada em condições de oxidação inferiores as do tampão QFM, a partir de um magma parental sienítico, através principalmente do fracionamento de fases minerais máficas (acessórios, olivina faialita, clinopiroxênio hedenbergítico e, por último, anfibólio cálcio-sódico), cujos liquidus residuais finais estariam cristalizariam discretamente como álcali-feldspato granitos peralcalinos. As rochas dioríticas constituem uma associação contemporânea, contrastada, não fazendo parte da mesma linhagem evolutiva das rochas sieníticas e graníticas. Estas rochas foram originadas a partir de magmas básico-intermediários cristalizados sob condições mais oxidantes com magnetita estável. Estudos mais recentes em outros maciços da província mostram que este magmatismo bimodal é comum e indicam fontes contrastadas do manto e da crosta continental na sua gênese. |