Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Vilela, Ricardo Evandro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8158/tde-21072017-144717/
|
Resumo: |
O principal objeto desta pesquisa consiste em analisar a influência exercida pela religião no contexto da sociedade judaica do período do segundo templo (516 A.E.C. 70 E.C.), mais especificamente avaliar se o ímpeto revolucionário que promovera a primeira Grande Guerra Judaica contra o domínio romano dependia de uma forma característica de profetismo, a saber, a apocalíptica. A conexão que o apocalipticismo possuía com o ambiente do primeiro século se deveu em virtude das diversas crises sociais e políticas que impuseram um ritmo dinâmico para as estruturas nacionais, porquanto concomitante às vicissitudes que emergiam ocorria certa adequação traumática de novos elementos relativos ao fenômeno religioso, cujas formas de expressão procuravam resgatar os antigos postulados, valores e promessas da Lei de Moisés e dos profetas clássicos, tornando-os válidos para situações contemporâneas. Desse modo os cativeiros e diásporas experimentados por tantos períodos passavam a favorecer o intercâmbio ideológico que perfez as peculiaridades e aspectos formadores dos movimentos apocalípticos, o que demonstrava um nível de dependência pelo qual movimentos religiosos judaicos se espelhavam em culturas vizinhas, em um diálogo paradoxal que combinava resistência cultural e assimilação de linguagem. Os resultados fornecidos nessa dissertação permitem afirmar que a hipótese que restringe toda a responsabilidade pelas ações coletivas ao fanatismo religioso de uma alegada sociedade primitiva é comprometida em sua validade, pois tal conclusão deve ser considerada reducionista por não atentar para a complexidade que acompanhou, historicamente, todo o estabelecimento da sociedade judaica daquele período. Assim, recomenda-se que haja abordagens mais críticas e que, não obstante, se coloquem no mesmo grau de dificuldade requerido pelo objeto, a partir de uma atitude que integre os indicadores sociais com o fator religioso. Portanto, é pautado nessa perspectiva englobante que a apocalíptica judaica foi estudada neste trabalho, como fator potencialmente relevante dentro do estado de insurreição da Palestina do primeiro século. |