Avaliaçäo de resíduos de ditiocarbamatos e etilenotiouréia (ETU)em fruta e sua implicação na saúde pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Lemes, Vera Regina Rossi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-27072023-130926/
Resumo: Etilenotiouréia (ETU) é uma substância tóxica, formada pela degradação e/ou biotransformação dos fungicidas etilenobisditiocarbamatos (EBDC), razoavelmente estável, solúvel em água e pode representar um risco à população consumidora de frutas e outros alimentos. Apresenta evidência suficiente para carcinogenicidade em animais e evidência inadequada para carcinogenicidade em seres humanos. Os objetivos deste estudo foram: estudar e validar métodos analíticos para determinação de resíduos de ditiocarbamatos e de ETU em mamão; determinar os resíduos remanescentes de aplicação de EBDC (mancozebe) em culturas de mamão da espécie Carica papaya L e de seu metabólito ETU; determinar a dissipação desses resíduos, dias após a aplicação de mancozebe; avaliar os teores encontrados e o risco à saúde da população. A determinação de ditiocarbamatos foi feita por espectrofotometria e a de ETU, por cromatografia a líquido de alta eficiência. Foram analisadas amostras tratadas e não tratadas (testemunhas) com mancozebe, procedentes de três localidades representativas da cultura de mamão: Lins-SP, Linhares-ES, Extremo sul da Bahia. Os métodos analíticos avaliados apresentaram resultados satisfatórios. As recuperações variaram de 70 a 110 % para mancozebe e de 80 a 110 % para ETU, com coeficientes de variação de 4,8 a 13,2 % para mancozebe e de 3,7 a 13,3 % para ETU, dependendo do nível fortificado. O limite de quantificação do método foi de 0,5 mg/kg para mancozebe, e 0,01mg/kg para ETU. Todas as amostras tratadas com mancozebe apresentaram resíduos de ETU que variaram de 0,01 mg/kg a 0,32 mg/kg. Os níveis de mancozebe variaram de 0,5 mg/kg a 2,1 mg/kg. No estudo de dissipação os valores de resíduos de mancozebe permaneceram praticamente inalterados enquanto que os níveis de ETU decaíram de 0,14 mg/kg para 0,04 mg/kg após 12 dias da aplicação. A estimativa da ingestão de resíduos de mancozebe e ETU pelo consumo de mamão foi de 1,0% e 0,7% da Ingestão Diária Aceitável (IDA), respectivamente. A presença de níveis de ETU em mamão alerta para a necessidade do conhecimento dos níveis presentes nos alimentos consumidos pela população.