Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Vesgueiro, Fabiana Tavares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-13122023-140746/
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Resumo: |
Culex é o maior gênero da tribo Culicini, com 767 espécies descritas e inclui vetores de muitos arbovírus e filárias. Apesar disso, estudos sobre sua taxonomia e filogenia ainda são muito escassos. A identificação dos mosquitos, etapa fundamental para estudos epidemiológicos, ecológicos e genéticos, geralmente é feita com base nos caracteres morfológicos. Entretanto, muitas espécies de Culex são morfologicamente semelhantes, dificultando a identificação correta. Atualmente, técnicas moleculares são utilizadas em estudos de evolução e na distinção de espécies. Dessa forma, sequências de ITS2 do DNAr de 15 espécies do gênero Culex e uma do gênero Lutzia foram clonadas e sequenciadas, para examinar o nível de divergência genômica e verificar a aplicabilidade desse marcador em análises filogenéticas no grupo estudado. Três a sete clones por indivíduo foram sequenciados, gerando 144 sequências com comprimentos de 199 a 339 pb. Foi gerada topologia de distância pelo método de Neighbour-joining (NJ), com p-distance não corrigido. A matriz de distância gerada evidenciou a presença de variação intragenômica e intra-específica. Dos 31 espécimes clonados e sequenciados, apenas um de Culex (Culex) mollis apresentou todas suas sequências idênticas (5 clones), enquanto um exemplar de Culex (Cux.) coronator apresentou diferença na composição nucleotídica entre todos os seus clones (6 clones). Devido à presença de variabilidade intragenômica, optou-se por selecionar as cópias que seriam utilizadas nas análises de distância empregando a similaridade das estruturas secundárias do ITS2. Assim, foi possível eliminar as cópias mais divergentes e que apresentavam similaridade inferior a 75%. Apesar da heterogeneidade observada, as sequências geradas de indivíduos das mesmas espécies se agruparam e foi condizente com a atual classificação baseada em morfologia. A topologia de NJ indica a possível monofilia dos subgêneros Melanoconion e Microculex. No entanto, indica também o parafiletismo do gênero Culex em relação ao Lutzia e do subgênero Culex em relação ao Phenacomyia. O posicionamento de Lutzia dentro do grupo formado por espécies do gênero Culex indica que o atual status genérico do táxon não é sustentado pela análise de NJ do ITS2, assim, o mais apropriado seria Lutzia ser considerado subgênero de Culex. O posicionamento de Phenacomyia dentro do grupo do subgênero Culex indica que este táxon não pode ser considerado subgênero de Culex. Apesar da variabilidade intragênomica, o ITS2 parece ser marcador adequado à soluções de questões taxonômicas de Culex. |