Prevalência de infecção por citomegalovírus, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae e sua influência sobre a espermatogênese e marcadores inflamatórios no sêmen de homens em investigação de infertilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Estevão Menezes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-20022025-134529/
Resumo: Diferentes agentes infecciosos virais e bacterianos são envolvidos na disfunção de espermatozoides e, portanto, potencialmente associados a infertilidade em homens. A leucocitospermia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorre quando a concentração de leucócitos totais no sêmen ultrapassa o limite de 1x106 por ml e é descrita em 10% a 20% dos homens inférteis. Acredita-se que espécies reativas de oxigênio, liberadas em decorrência do estresse oxidativo induzido pelo aumento de leucócitos, promovam efeitos deletérios sobre a funcionalidade dos espermatozoides e integridade do ácido desoxirribonucleico (DNA). Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência de infecção subclínica por citomegalovírus (CMV), Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae em homens em investigação de infertilidade, comparando-a com a de homens férteis, e avaliar sua influência sobre a espermatogênese e os marcadores inflamatórios no sêmen. Foram incluídos 21 homens em investigação de infertilidade e 21 homens férteis como grupo controle. Os resultados revelaram que a prevalência de C. trachomatis foi de 19,05% no grupo controle e inexistente no grupo de pacientes inférteis. O CMV foi detectado em 4,7% do grupo controle, e não houve casos de N. gonorrhoeae em ambos os grupos. Além disso, foram observadas diferenças nos parâmetros do espermograma, como a concentração de espermatozoides menor nos pacientes inférteis e o pH significativamente menor. As análises de citocinas no plasma seminal mostraram níveis mais elevados de IL-6 e IL-8 nos pacientes inférteis. Conclui-se que a concentração menor de espermatozoides, diferenças no pH e a resposta inflamatória do sêmen dos pacientes inférteis podem sugerir a influência de fatores e condições não investigados.