Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Fleury, Camila de Assis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-03052017-192648/
|
Resumo: |
O presente trabalho teve como objetivo avaliar e comparar a reatividade vascular de agentes vasoconstritores presentes nas soluções anestésicas locais (Adrenalina - vasoconstrição e vasodilatação; Felipressina - vasoconstrição), nas doses de 80, 160, 320, 640 e 1280ng (adrenalina) ou 0,25; 0,5; 1; 2 e 4 x10-3UI (felipressina), em leito arterial mesentérico deratos normotensos, diabéticos, hipertensos renais um-rim, um-clip (1R-1C) e hipertensos1R-1C-diabéticos. E correlacionar tal reatividadecom expressão de RNAm dos receptores 1A e 2- adrenérgicos, V1A para vasopressina e AT1A, AT1Be AT2 para angiotensina II visando verificar se a hipertensão arterial e o diabetes mellitus provocam alteração em modelo indutivo e isogênico. Ratos Wistar pesando 110-160g, foram anestesiados com mistura de quetamina e xilazina (50+10mg/ml/kg de peso), tiveram seu abdômen aberto e receberam um clip de prata com abertura 0,25mm na artéria renal esquerda, removendo-se cirurgicamente o rim direito (ratos 1R-1C). Após 14 dias, receberam injeção subcutânea de estreptozotocina (50 e 60mg/kg de peso) para indução do diabetes mellitus sendo a glicemia testada pela veia caudal previamente aos experimentos (diabéticos). Após 30-42 dias da implantação do clip, todos os grupos foram novamente anestesiados e implantou-se cânula de polietileno (PE-50) na artéria carótida esquerda para registro direto da pressão arterial. Após registro da pressão os animais tiveram a artéria principal mesentérica exposta e canulada. O leito arterial mesentérico foi então isolado e colocado em banho com solução nutritiva de Krebs a 37ºC. O cateter foi conectado ao sistema de registro computadorizado (PowerLab®) utilizando software específico (Chart 5Pro ®). Analisaram-se: a pressão máxima (vasoconstrição) e mínima (vasodilatação), o tempo necessário para atingir esse valor, duração total da resposta, integral e integral sobre a linha de base. Os dados foram submetidos à análise de variância de medidas repetidas (ANOVA), seguida do teste de Holm-Sidak (distribuição normal) ou de Mann-Whitney (nãoparamétrico), quando apropriado, nível de significância de 5%. Todas as respostas máximas de vasoconstrição apresentaram comportamento dose-dependente, contudo, para os quatro grupos estudados, a resposta vasoconstritora para adrenalina foi significativamente superior à felipressina (p<0,05). Diabetes e hipertensão reduziram a resposta vasoconstritora da adrenalina e da felipressina, valores de integral sobre a linha de base, respectivamente para grupo controle, diabético, hipertenso e hipertenso-diabético: 2462±465; 1511±236; 2542± 5456 e 3749±819mmHg.s (p<0,05) para adrenalina e 3749 ± 708; 746 ± 103; 1647 ± 422; 1359 ± 591 mmHg.s (p<0,05) para felipressina. Tanto o diabetes quanto a hipertensão, associadas ou não, aumentaram significativamente o tempo para atingir a pressão máxima de vasoconstrição e a duração (p<0,05). As artérias mesentéricas de ratos diabéticos, hipertensos e diabéticos-hipertensos apresentaram expressão significativamente aumentada dos receptores 1Aadrenérgico, AT1B e AT2 para angiotensina II (p<0,05), enquanto receptor AT1A estava com a expressão aumentada apenas nos grupos diabéticos. A expressão do receptor 1A-adrenérgico é discrepante com os achados funcionais, o que pode ser justificado pela fase crônica da doença em que a PCR foi realizada. É possível correlacionar os dados obtidos com a menor atividade vasoconstritora da felipressina observada clinicamente. A maior sensibilidade às moléculas vasoconstritoras pode explicar a maior tendência de pacientes diabéticos desenvolverem hipertensão. A partir dos dados obtidos pode-se concluir que a adrenalina é o vasoconstritor mais potente que a felipressina e ambas as moléculas tem seus efeitos reduzidos em pacientes hipertensos e diabéticos, o que reforça a indicação de se utilizar anestésicos locais associados a vasoconstritores nestas populações. |