Alvos intracelulares e mecanismos de ação de complexos de cobre(II) ou zinco(II) oxindolimínicos com atividade antitumoral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Miguel, Rodrigo Bernardi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46136/tde-20072018-091019/
Resumo: No presente trabalho foram realizados estudos da atividade biológica de complexos imínicos de Cu(II) e Zn(II) derivados da isatina, principalmente frente a células tumorais HeLa. Sabe-se que estes complexos se ligam ao DNA, podendo causar clivagens simples e duplas na sua estrutura, em presença de peróxido de hidrogênio, através de um mecanismo predominantemente oxidativo. Os complexos de Cu(II) geram espécies reativas de oxigênio (EROs) e, além disto, atuam sobre a mitocôndria como agentes desacopladores. Sabe-se ainda que esses compostos interagem com proteínas específicas, como por exemplo a topoisomerase humana IB e as quinases dependentes de ciclinas (CDKs), inibindo significativamente sua atividade, ou a proteassoma, frente à qual apenas uma inibição moderada foi observada. Os ensaios in vitro desenvolvidos nesta tese, permitiram evidenciar a capacidade de os complexos de intercalar no DNA e RNA, além de clivar o primeiro biopolímero. Os resultados obtidos in celullo, evidenciaram a dependência do cobre para a citotoxicidade dos complexos sendo estes compostos capazes de estimular a necrose das células HeLa. Além disso, os resultados demonstraram que estes compostos são capazes de interferir no ciclo celular, interrompendo-o em fase G2/M e de desencadear um desequilíbrio oxidativo. Os principais alvos intracelulares dos complexos, em células HeLa, são a Mitocôndria, pois interferem em seu funcionamento diminuindo o seu potencial de membrana, e o DNA clivando-o. Ademais, pretendeu-se, através de um estudo sistemático por microscopia Raman confocal, identificar danos celulares provocados pelos complexos, especialmente uma grande alteração no núcleo celular de células HeLa após o tratamento com o complexo [Cu(isaepy)]+. Através de ensaios de viabilidade, também foi possível demonstrar que a superexpressão de glicoproteína-P para linhagem MES-AS/Dx5 não resulta na resistência dessas células frente aos compostos testados, e que os complexos não interferem no funcionamento desta glicoproteína. Também foi observado, através dos experimentos com células HaCaT, que o complexo [Zn(isaepy)]2+ é capaz de interferir no ciclo autofágico celular.