Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Vance, Patricia de Salles |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-27052010-171209/
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Resumo: |
O setor de franquias representa uma oportunidade rara para a investigação do uso de formas plurais, visto que as empresas franqueadoras, em geral, adotam simultaneamente dois tipos de arranjos contratuais (unidades próprias e franqueadas). Para a investigação da criação e da evolução de sistemas de franquias, duas teorias destacam-se nos estudos empíricos publicados sobre o mercado norte-americano: teorias de Agente-Principal e de Escassez de Recursos. Assim, o presente estudo teve dois objetivos principais: primeiro, investigar a aplicabilidade dessas duas teorias para explicar a adoção e a evolução do sistema de franquias, no Brasil, considerando o período de 2000 a 2009; segundo, analisar a existência de estabilidade no uso de formas plurais por redes de franquias, ao longo dos anos. Diferenciando-se de outros estudos, foi empregada a técnica de análise de regressão múltipla de dados em painel, bem como foram realizadas estimativas com cinco diferentes formas funcionais (linear, lin-log, log-lin, log-linear e recíproco). Os resultados apurados para as três bases de dados definidas para este estudo não corroboram os argumentos da Teoria de Escassez de Recursos, porém são consistentes com as hipóteses baseadas na Teoria de Agente-Principal. Para as cinco dimensões testadas (esforço do franqueador, risco para o franqueado, custos de monitoramento, esforço do franqueado, risco de free-riding), relacionadas a essa segunda teoria, foram encontradas evidências que suportam as três primeiras, consistentes com estudos anteriores. Com relação às duas últimas dimensões, as proxies adotadas não apresentaram coeficiente significativo. Por fim, a análise da estabilidade do uso de formas plurais também revelou consistência entre os resultados apurados para empresas que atuam no Brasil e no mercado norteamericano. Os resultados indicam que, após alguns anos de adoção da franquia empresarial, as empresas tendem a realizar poucas modificações na proporção de unidades próprias (mix contratual). Verifica-se que a proporção de unidades próprias tende a cair rapidamente nos primeiros anos de adoção da franquia empresarial, estabilizando-se próximo a 20% do total da rede. Após cerca de dezesseis anos de operação com o sistema de franquias, as empresas tendem a ajustar o percentual de unidades próprias elevando-o ligeiramente. Depois, segue-se um novo período de estabilidade do mix contratual. |