Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Stanzani, Daniela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-02022011-174455/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O duplex-Doppler e a ultrassonografia com contraste são métodos pouco estudados em lesões mamárias. No entanto, em outros órgãos, têm se mostrado úteis na distinção entre lesões benignas e malignas. O objetivo deste trabalho é caracterizar os achados ao Doppler colorido pré e pós-contraste nos nódulos sólidos de mama, correlacionando-os com os resultados anatomopatológicos. MATERIAL E MÉTODOS: Setenta nódulos sólidos da mama foram avaliados por meio de ultrassonografia convencional e duplex-Doppler colorido antes e após a injeção do meio de contraste (ultrassonografia contrastada), no período compreendido entre março de 2007 e janeiro de 2008, e seus resultados foram comparados à análise histológica (padrão-ouro). Todas as pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aprovado pelo Comitê de Ética da FMUSP. O estudo ultrassonográfico modo B avaliou a morfologia do nódulo e o classificou conforme o léxico BI-RADS. Ao duplex-Doppler colorido observou-se a vascularização nodular, descrevendo-se o número de vasos presentes (0 = avascularizado; 1 ou 2 = hipovascularizado, 3 = hipervascularizado), sua morfologia (regular ou tortuoso) e sua distribuição (periférica ou central). Os índices de resistividade e a presença de vaso penetrante também foram avaliados. A partir de dados da literatura criou-se um critério de classificação que permitiu estratificá-los entre provavelmente benigno (nódulos avasculares ou hipovasculares, com vasos regulares e distribuição periférica), provavelmente maligno (nódulos hipervasculares, com vasos tortuosos e distribuição central) ou suspeitos (qualquer outra associação desses fatores). No estudo contrastado foram realizadas análises cinética (avaliando-se os tempos de início da contrastação e do clareamento do nódulo, além da análise da intensidade da contrastação, de maneira subjetiva) e morfológica (utilizando-se os mesmos critérios da análise com Doppler). RESULTADOS: A análise histológica resultou em 25 lesões malignas e 45 lesões benignas. A classificação BI-RADS teve sensibilidade de 100%, especificidade de 66,6%, valor preditivo positivo (VPP) de 62,5% e valor preditivo negativo (VPN) de 100%. A análise com Doppler mostrou sensibilidade de 88%, especificidade de 57,7%, VPP de 53,6% e VPN de 89,9%. Após a injeção do meio de contraste, esses valores passaram para: 92%, 46,6%, 48% e 91%, respectivamente. Os índices de resistividade foram significativamente mais altos em lesões malignas na análise com Doppler colorido ( < 0,001). Houve relação estatística significante entre a presença de vaso penetrante e malignidade ( < 0,001). A associação entre os critérios de classificação BI-RADS e Doppler colorido mostrou sensibilidade de 100%, especificidade de 86,6%, VPP de 80,7% e VPN de 100%. A associação entre BI-RADS e ultrassonografia contrastada resultou em sensibilidade de 100%, especificidade de 80%, VPP de 73,5% e VPN de 100%. A análise cinética subjetiva não conseguiu diferenciar entre nódulo benigno e maligno (tempo do início da contrastação = 0,816, tempo de clareamento da lesão = 0,622 e realce da lesão = 0,020). CONCLUSÃO: Os critérios adotados para o duplex-Doppler colorido associados ao BI-RADS fornecem os melhores resultados na distinção entre lesões benignas e malignas da mama. O estudo contrastado não acrescentou informações adicionais às análises prévias. |