Amostragem da diversidade de espécies arbóreas em florestas tropicais: padrões e limitações de algumas medidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Schilling, Ana Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-05062007-131542/
Resumo: A descrição dos padrões de acumulação de espécies com o aumento da área amostrada, através da curva de acumulação de espécies, tem diversas aplicações no estudo de comunidades vegetais. Porém o uso dessa relação como uma ferramenta para determinar a suficiência amostral em estudos fitossociológicos apresenta problemas metodológicos, como a arbitrariedade da ordem de entrada das unidades amostrais na construção da curva e a pressuposição de que um patamar será obtido no ponto em que o aumento da área amostrada não acrescentar novas espécies à amostra; e também problemas relacionados ao conceito de comunidade vegetal utilizado, que é considerada como uma entidade espacialmente discreta com composição de espécies fixa e definida. Em florestas tropicais a definição desses limites é dificultada pela alta riqueza de espécies e pela falta de estabilização da curva mesmo com grandes tamanhos de amostra. Utilizando dados de três formações florestais tropicais, foram obtidas curvas médias de acumulação de espécies e seus intervalos de confiança empíricos através de procedimentos de aleatorização, que enfatizaram o caráter assintótico da curva e evidenciaram a ausência de um ponto de inflexão para a determinação objetiva de um tamanho ótimo de amostra. Entretanto, o uso dos padrões de acumulação de espécies em estudos comparativos, seja em formações diferentes ou locais dentro de uma mesma formação, mostrou ser mais informativo. A análise das variações das estimativas de riqueza e do padrão de acumulação de espécies com tamanhos crescentes de amostra indicam que é possível identificar níveis de amostragem que permitem a distinção e a comparação entre locais. Por fim, considerando as limitações das medidas tradicionais de diversidade, como a dependência do esforço amostral, foram utilizados os índices de diversidade e distinção taxonômica para caracterizar e comparar a diversidade das diferentes formações estudadas. Além da vantagem de incorporar as diferenças taxonômicas entre as espécies à estimativa de diversidade, esses índices ainda apresentaram independência do esforço amostral e menor variabilidade, permitindo sua utilização na comparação entre áreas que tenham sido amostradas com diferentes intensidades.