Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Amaral, Camila Fagundes de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-12062024-133129/
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Resumo: |
Introdução: Os eventos adversos acarretam ônus financeiro para as instituições de saúde, sendo os cirúrgicos os mais prevalentes. O objetivo deste trabalho foi mensurar os custos diretos estimados intra-hospitalares dos eventos adversos cirúrgicos em um hospital secundário de média complexidade do interior do Estado de São Paulo. Método: Realizou-se estudo analítico, retrospectivo e de análise documental. As notificações de incidentes cirúrgicos do ano de 2017 da instituição foram analisadas, para a extração de características demográficas, clínicas e dos eventos adversos relacionados à procedimentos cirúrgicos que acometeram os pacientes. Foram mensurados os custos diretos estimados dos procedimentos cirúrgicos sem e com incidentes e os custos diretos estimados total da internação dos pacientes que sofreram eventos adversos cirúrgicos e foram reabordados cirurgicamente. Resultados: Houve 110 incidentes notificados que acometeram os pacientes, sendo a maioria do sexo feminino (54,55%), com pelo menos uma comorbidade (58,18%), classificação ASA II (65,45%), submetidos à procedimentos eletivos (93,64%) e média de idade de 58,36 anos. As notificações comunicaram, com maior frequência, incidentes relativos a processo/procedimento clínico (92,73%) e grau de dano moderado (62,73%). A reabordagem cirúrgica ocorreu em 69,1% dos casos notificados e representou 74,5% dos incidentes classificados como processo/procedimento clínico (n=76 ocorrências). A classificação ASA II foi a mais prevalente nos casos com reabordagem cirúrgica (43,64%), bem como grau do dano moderado (84,2%). Pacientes adultos foram detectados como fator de risco para reabordagem (0,039). A reabordagem foi mais prevalente na especialidade médica de oftalmologia (31,58%) e a cirurgia geral (31,80%) foi a que despendeu mais custos. Com relação ao tempo de hospitalização, os pacientes reabordados permaneceram, em média, cerca de três vezes mais dias hospitalizados [média dos dias de internação= 6,4 (DP ± 8,9)] quando comparados com aqueles que não foram submetidos à reabordagem cirúrgica [média dos dias de internação= 2,6 (DP ± 5,5 dias)] (p=0,02); além de representarem, em média, cerca de 2,5 vezes mais ônus para a instituição de saúde [média= R$9.959,15 (DP ± 13.957,81)] quando comparados com aqueles que não foram submetidos à reabordagem cirúrgica [média = R$4.030,92 (DP ± 8.565,63)] (p= 0,02). Conclusão: Os dados sugerem que os procedimentos cirúrgicos eletivos podem ser fonte de danos aos pacientes, aos quais causaram danos moderados e reabordagem cirúrgica para a maioria deles, resultando no aumento significativo dos custos e da permanência hospitalar. |