Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1972 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, João Bertoldo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144247/
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Resumo: |
O presente trabalho foi realizado com a finalidade de: a) estimar a variabilidade de algumas características químicas, físicas e mineralógicas em duas áreas aparentemente homogêneas de Oxissolo; b) avaliar o número de amostras necessárias para estimar a média das características dentro de determinados níveis de precisão; c) verificar, em termos de levantamento de solos, a distribuição das unidades de mapeamento e respectiva frequência de ocorrência, à medida que diminue a generalização das classes taxonômicas; tomando por base a classificação americana de 1970. Com base numa série de condições estabelecidas a priori, foram selecionadas duas áreas de Oxissolo, uma correspondendo ao Latossolo Vermelho Escuro-orto e a outra ao Latosolo Roxo. Em cada uma dessas áreas, após a descrição morfológica dos solos demarcados segundo uma rede de prospecção de 50 m de malha, foram coletadas amostras superficiais (0-30 cm) e subsuperficiais (80-120 cm. Mediante o emprego de estatísticas, estimou-se a variabilidade das seguintes características: água retida a 1/3 e a 15 atmosferas; argila, limo, areia fina e areia grossa; carbono; pH em água e em solução de cloreto de potássio, cálcio, magnésio, potássio e alumínio trocáveis; soma de cálcio e magnésio trocáveis; capacidade de troca de cátions da terra fina seca ao ar e da fração argila; saturação em bases; caulinita e gibbsita. Usando o erro padrão (Sx̄) e a distribuição t para níveis de significância de 95, 90 e 80%, obteve-se para algumas das características mencionadas, curvas que permitiram determinar o número de pontos (N) necessários para estimar a média paramétrica dentro de determinado limite de precisão (t.Sx̄) ou de porcentagem de variação da média. Para as características restantes o valor de N foi calculado pela formula N = (CV. t/f)2 onde, CV é o coeficiente de variação e f é a porcentagem de variação permitida em torno da média. Os resultados obtidos nas duas áreas permitiram tirar as seguintes conclusões: - Tanto em superfície como em subsuperfície, há grande homogeneidade nas características morfológicas. Com exceção da textura, do contato petroférrico e da espessura do solo da Área-2, não se destacou em ambas as áreas nenhuma característica como diferenciadora de classe. - Usando-se apenas critérios morfológicos, definiu- se na Área-1, apenas uma unidade taxonômica (sub-ordem Ortox) enquanto que na Área-2, evidenciaram-se duas unidades: uma pertencente à sub-ordem Ortox correspondendo a 98,5% dos pontos amostrados e outra à sub-ordem Udalf ou Udult com apenas 1,5%. - Apenas com observações de campo é impraticável chegar-se ao nível de grande grupo, visto que a diferenciação de classes; na ordem Oxissolo, fica na dependência da caracterização analítica do material coletado. - Os resultados analíticos permitiram separar os solos da Área-1 em dois sub-grupos: a) Acrortox típico, representando 70,3% dos pontos amostrados, com duas famílias e quatro séries, b) Haplortox típico, com uma família e quatro, séries. - Os solos da Área-2 foram separados em cinco sub-grupos: a) Eutrortox típico, com 54,6% dos pontos amostrados, apresentando duas famílias e quatro séries, b) Eutrortox petroférrico, com duas famílias e três séries, c) Haplortox típico, com quatro famílias e quatro séries, d) Acrortox típico, com três famílias e quatro séries, e) Acrortox petroférrico, com uma família e uma série. - Os resultados referentes a cartografia dos solos permitiu considerar a categoria de família para a Área-1 e de sub-grupo para a Área-2, como as mais adequadas ao nível de levantamento semi-detalhado e na escala de publicação 1:50.000. - As características químicas utilizadas como diferenciadoras de classe não se correlacionaram, aparentemente, com as características morfológicas, físicas e mineralógicas. - Na camada superficial, as características analisadas apresentaram, em geral, menor dispersão dos dados do que na camada subsuperficial. - De maneira generalizada, as características físicas e mineralógicas apresentaram maior homogeneidade do que as químicas. A água retida a 1/3 e a 15 atmosferas, a argila, o pH em água e em solução de cloreto de potássio, com CV inferior a 10%, foram as características que apresentaram maior homogeneidade. O cálcio, o magnésio e potássio, a soma de bases e a saturação em bases, especialmente da camada subsuperficial, com CV superior a 40%, são as características que apresentaram maior dispersão dos dados. - Em geral bastam cinco amostras ou menos para estimar-se adequadamente a média das características físicas e mineralógicas. As características químicas requerem um número bem mais elevado, atingindo no caso extremo - magnésio da subsuperficial da Áreal - o valor de 150. |