Análise da contribuição do inflamassoma na patogênese da esclerose múltipla

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Jaine Soares Lima da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-19022019-112809/
Resumo: A esclerose múltipla (EM), doença neurodegenerativa do sistema nervoso central (SNC) com característica auto-imune e inflamatória, com eventos iniciais, bem como a evolução da EM. É uma doença heterogênea (três principais formas clínicas) e multifatoriais. A imunidade inata demonstrou recentemente ser um fator importante na EM e as variantes genéticas dos componentes do inflamassoma têm sido associadas a doenças autoimunes e neurodegenerativas, com isso hipotetizamos que o inflamassoma e suas citocinas IL-1Beta e IL-18, podem representar importantes contribuintes na patogênese da EM e eventualmente explicar, pelo menos em parte, a heterogeneidade observada em pacientes com EM. Fizemos uma análise multivariada que foi realizada com base na forma clínica (recorrente remitente/RR, primária progressivo /PP ou secundário progressiva /SP, índice de gravidade (EDSS) e índice de progressão (IP). Os monócitos do sangue periférico (PBMC) dos pacientes foram examinados para ativação do inflamassoma (Produção de IL-1Beta e IL-18, clivagem de caspase-1). Com os objetivos de avaliar a contribuição do inflamassoma na EM, em termos de (a) efeito genético sobre o desenvolvimento, gravidade e / ou prognóstico, e (b) ativação complexa de células de sangue periférico como uma forma de avaliar a inflamação sistêmica. Para isso, utilizamos variantes genéticas funcionais em componentes do inflamassoma, que foram analisadas em uma coorte de pacientes com EM, pelo uso de ensaios específicos de alelos e qPCR. A analise multivariada resultou em associação com a variante -511C / T IL1B ganho de função, sendo essa mais frequente em formas progressivas (especialmente SP) do que em RR. A variante de ganho de função NLRP3 Q705K resultou mais frequente em pacientes com EDSS > 3 do que em pacientes com EDSS < 3 e, consequentemente, esse SNP está associado a um IP mais elevado. A análise de PBMC mostrou que as células de indivíduos EM, são mais propensas a responder a um estímulo NLRP3 clássico (isto é, LPS) do que as dos doadores saudáveis. Em conjunto, esses achados indicaram que os pacientes com EM apresentam uma desregulação no inflamassoma NLRP3, podendo ser avaliada no sangue periférico facilitando um prognóstico, e que esse perfil pode ser secundário a um mecanismo genético pró-inflamassoma