Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Cantuarias-Avilés, Tatiana Eugenia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-10092009-101126/
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Resumo: |
A citricultura brasileira está fundamentada predominantemente sobre apenas um cultivar porta-enxerto, o limoeiro Cravo, e explora poucos cultivares copa, de uma maneira geral. Desse modo, o setor citrícola fica limitado na abertura de suas fronteiras de exportação para frutas frescas por estar baseado em um pequeno número de cultivares. Além disso, ao redor de 80% dos plantios estão reunidos em uma região compreendida por quase 600 mil ha, de forma concentrada, no Estado de São Paulo e sul do Triângulo Mineiro. Esses fatos também acarretam em grande vulnerabilidade fitossanitária, com ameaças crescentes de pragas e doenças, levando à redução da produtividade e ao acréscimo dos custos de implantação e condução dos pomares. A Clorose Variegada dos Citros (CVC) ou amarelinho, causada pela bactéria Xylella fastidiosa, é um exemplo destas ameaças. De elevada severidade em laranjas doces, causa redução no tamanho dos frutos, tornando-os inaptos para a comercialização in natura ou para produção de suco concentrado. Recentemente, as perdas em produção causadas pela CVC têm sido estimadas em até 10-14% da safra comercializável. Atualmente, o manejo da CVC está baseado na utilização de mudas sadias, poda de ramos afetados, e controle dos vetores. Além dessas medidas, é importante manter os tratos culturais exigidos no pomar. Entretanto, a utilização de cultivares resistentes é estratégia imprescindível para convivência com a doença em longo prazo. Este trabalho buscou avaliar o desempenho horticultural da laranjeira Folha Murcha, da tangerineira Satsuma cv. Okitsu e da limeira ácida Tahiti sobre doze porta-enxertos. Tangerina Satsuma cv. Okitsu e lima ácida Tahiti são espécies não sintomáticas em relação à CVC e tornam-se opções com potencial de exploração em pequenas propriedades. A laranjeira Folha Murcha tem demonstrado maior tolerância à CVC comparativamente aos demais cultivares de laranja doce. Os experimentos foram conduzidos na Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro, EECB, (SP), e instalados em 2001. Em todos os experimentos foram avaliados o desenvolvimento vegetativo, produção e qualidade dos frutos (por no mínimo três safras) em cada combinação copa/porta-enxerto. Avaliações adicionais a respeito da tolerância à CVC foram realizadas no experimento de laranjeira Folha Murcha. Nos experimentos conduzidos sem irrigação, foi avaliada a tolerância ao déficit hídrico das copas usando duas metodologias: avaliação visual subjetiva e medição direta da coloração das folhas. Na limeira ácida Tahiti, a coloração externa dos frutos de exportação foi quantificada em função de variáveis colorimétricas, definindo-se uma metodologia quantitativa alternativa ao sistema atual de classificação dos frutos, baseado apenas na apreciação visual subjetiva. A avaliação horticultural de copas de laranjeira Folha Murcha, limeira ácida Tahiti e tangerineira Satsuma cv. Okitsu em doze porta-enxertos permitiu identificar porta-enxertos alternativos ao limoeiro Cravo, sendo estes os trifoliatas Flying Dragon, FCAV e Rubidoux. |