Mercado de trabalho e deficiência: o efeito da mudança de ocupação sobre os profissionais reabilitados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Rayssa Alexandre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-22012020-102422/
Resumo: A presente tese tem por objetivo retratar aspectos do mercado de trabalho de pessoas com deficiências e de reabilitados profissionalmente pelo Instituto Nacional do Serviço Social (INSS), bem como analisar como a mobilidade de ocupação afeta os salários e as horas trabalhadas das pessoas que passaram a ter algum tipo de limitação e foram reabilitadas profissionalmente. O serviço de reabilitação é importante pois caso as pessoas fiquem impossibilitadas de realizar as mesmas funções que realizavam, elas serão treinadas para desenvolver outras habilidades e ocupar novas funções. A hipótese é que haja uma redução nos salários do trabalhador que foi reabilitado e mudou de ocupação, após o processo de reinserção no mercado de trabalho, tendo em vista que ele passa a se defrontar com situações comuns de uma pessoa com deficiência, em que, muitas vezes, os salários são inferiores ao das pessoas que não possuem deficiência. O presente estudo trata-se de um avanço na literatura econômica nacional por ser o primeiro a tratar do tema. Para avaliar esse efeito, foi utilizada a estratégia de diferenças em diferenças generalizadas (GDD). E como forma de verificar a robustez dos resultados econometricos, optou-se por também utilizar a técnica do balanceamento por entropia. Além disso, foram utilizados os microdados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) para o período de 2007 a 2015. Entre os principais resultados, observaram-se efeitos positivos nos salários para o profissional reabiltado quando mudou de ocupação. Já quanto às horas trabalhadas, houve efeitos positivos somente em alguns modelos. Nas regiões analisadas, também foram encontrados efeitos positivos nos salários, mas nas horas trabalhadas somente a região Sudeste apresentou efeito positivo com relação a mudança de ocupação e não houve efeito nas demais regiões analisadas.