Diferenciação das manifestações clínicas e alterações laboratoriais iniciais entre pacientes com artrite idiopática juvenil forma sistêmica e leucemia linfoblástica aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Tamashiro, Mirian Setsuko
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-18022011-160302/
Resumo: Objetivo: Avaliar as características clínicas e laboratoriais para diferenciar leucemia linfoblástica aguda (LLA) da artrite idiopática juvenil forma sistêmica (AIJs) no início da doença. Métodos: Cinquenta e sete pacientes com LLA com envolvimento musculoesquelético, sem blastos no sangue periférico e sem terapia com glucocorticoide no início da doença e 102 pacientes com AIJs (critérios ILAR) foram retrospectivamente avaliados. Foram estudadas as seguintes características: febre, exantema reumatoide, artrite, dor em membros, hepatomegalia, esplenomegalia, pericardite, miocardite, pleurite, perda de peso, sangramento, anemia, leucopenia, neutropenia, plaquetopenia, níveis séricos elevados de velocidade de hemossedimentação (VHS) e de desidrogenase lática (DHL). Resultados: A mediana da idade de início da doença foi significativamente maior em pacientes com LLA comparada com AIJs (5,8 vs. 3,8 anos, p=0,0006). As frequências de dor em membros, hepatomegalia, perda de peso e manifestações hemorrágicas foram significativamente maiores em LLA versus AIJs (70% vs. 1%, p<0,0001; 54% vs. 32%, p=0,0075; 30% vs. 8%, p=0,0005; 98% vs. 0%, p=0,0053; respectivamente). Igualmente, as frequências de anemia, leucopenia, neutropenia, plaquetopenia e DHL elevado foram significativamente maiores em LLA versus AIJs (88% vs. 57%, p<0,0001; 39% vs. 1%, p<0,0001; 60% vs. 1%, p<0,0001; 77% vs. 1%, p<0,0001; 56% vs. 14%, p<0,0001; respectivamente). Consideravelmente, a análise multivariada mostrou que dor em membros (OR=553; 95% IC=46,48-6580,42; p<0,0001) e plaquetopenia (OR=754,13; 95% IC=64,57-8806,72; p<0,0001) permaneceram como variáveis independentes que diferenciaram pacientes com LLA de pacientes com AIJs. O R2 de Nagelkerke foi de 0,91. A curva de sobrevida de Kaplan-Meier foi similar em pacientes com LLA com e sem dor em membros (p=0,8347). Conclusão: O presente estudo enfatiza a importância de investigar pacientes com LLA que apresentam manifestações musculoesqueléticas, particularmente dor em membros com plaquetopenia