Avaliação da qualidade da água e da carga de nutrientes do córrego do Cancã, município de São Carlos - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Oliveira, Sílvia Renata de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-31102016-152545/
Resumo: Os estudos em microbacias hidrográficas têm mostrado que as características físicas, químicas e biológicas das águas dos córregos e riachos possuem uma estreita relação com a composição do ambiente terrestre adjacente, refletindo as condições de uso e ocupação dos solos da bacia hidrográfica por eles drenada. A microbacia do Córrego do Cancã, localizada perpendicularmente ao Rio Monjolinho, situa-se em uma maior parte no município de São Carlos (SP), e foi estudada sob uma abordagem ecossistêmica. As coletas e análises de campo foram realizadas em sete transectos do córrego, em dois períodos hidrológicos distintos: seca e chuva. A caracterização física e química da água foi realizada através da análise do pH, da condutividade elétrica, da concentração de oxigênio, da temperatura, da concentração e da carga de nutrientes. Alguns dos parâmetros analisados foram comparados aos limites estabelecidos pela CONAMA segundo a resolução nº 20/1986. O córrego do Cancã, segundo a classificação proposta pela CONAMA, é um rio de classe-2. A água do córrego é levemente ácida tendendo à neutralidade em um gradiente da nascente à foz e caracteriza-se pela baixa condutividade elétrica. A temperatura variou entre os períodos avaliados e espacialmente foi influenciada pelos horários de coleta. As concentrações de nutrientes não foram elevadas, e das formas nitrogenadas as mais abundantes foram o nitrato (na estação mais impactada) e o amônio (após o represamento), com valores mais elevados no período de seca. A maior variabilidade foi observada para o nitrogênio total, sendo as maiores concentrações registradas na estação seca. Com base no índice de estado trófico, as águas do córrego do Cancã foram classificadas como mesotróficas. A forma da microbacia é irregular e ligeiramente alongada e pouco sujeita a enchentes. A área da microbacia foi determinada como sendo de 3,075 Km2. Na análise das comunidades planctônicas foram encontrados poucos representantes, distribuídos principalmente nas estações localizadas nos trechos inicial e médio do córrego, sendo, entretanto mais abundantes na nascente. Ocorreu predominância das clorofíceas e diatomáceas entre os organismos fitoplanctônicos e de rotíferos e cladóceros no zooplâncton. A microbacia está sujeita à práticas agrícolas e atividade pecuária semi-intensiva que alteram o balanço de massa dos principais nutrientes, contribuindo para o aumento da carga de nutrientes que são carreados do sistema terrestre para o aquático particularmente no período chuvoso.