Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santana, Mizant Couto de Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-16052022-202655/
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Resumo: |
A pesquisa aqui apresentada pauta-se na noção de espaço urbano como condição, meio e produto da sociedade, bem como condição de práticas sociais que também são espaciais. Nesse sentido, o uso do espaço é mediado pela propriedade privada com base nas relações de valor de troca das mercadorias, em detrimento ao valor de uso, à reprodução da vida (do viver). Esse processo é determinado pelos interesses ligados à reprodução do capital. Tal entendimento nos ajuda a compreender o objeto de estudo da pesquisa: a expansão urbana de Santarém - PA, em seu eixo de crescimento a oeste. O município figura na hierarquia urbana como condição de cidade mais importante da mesorregião do Baixo Amazonas e se destaca pelo agronegócio e pelas atividades de turismo, estimuladas a partir da década de 1970, quando o Governo Federal promoveu políticas, as quais foram justificadas como sendo para o desenvolvimento e integração do território brasileiro, ampliando as possibilidades de articulação da região com as demais áreas do Brasil. Tais políticas abriram novos caminhos para que processos e interesses externos à cidade e seu entorno pudessem determinar com maior força os termos da produção do espaço. Contudo, nas últimas duas décadas, a expansão da cidade, margeando a rodovia Fernando Guilhon, segue uma nova lógica, um novo padrão, que evidencia: a valorização da terra urbana; o desenvolvimento de empreendimentos vinculados a investimentos de maior vulto; a formação de uma nova centralidade, bem como de áreas seletivas e o avanço da segregação socioespacial. Nossa hipótese central é que a expansão de Santarém no sentido oeste tem na legalidade da terra urbana um dos seus maiores diferenciais em relação às outras áreas de expansão (sul/leste), além da proximidade das áreas de amenidades do rio Tapajós, que se configura como hipótese secundária. A pesquisa tem como objetivo principal analisar a expansão de Santarém rumo à região oeste, como novo eixo de crescimento e valorização. Nesse sentido, a partir do método dialético, optamos por uma abordagem qualitativa, com ênfase na pesquisa de campo. Dessa forma, ao buscarmos desvendar os conteúdos que explicam as transformações espaciais na cidade, encontramos nosso fio condutor na racionalidade do Estado, expressa por suas políticas e normas, associadas aos investimentos privados. Assim, percebemos que as necessidades e desejos sociais são, muitas vezes, subsumidos, e a apropriação do espaço se dá cada vez mais mediada pela lógica da mercadoria. O espaço produzido (ou induzido) aprofunda as contradições que se concretizam na produção de espaços hierarquizados |