Monitoramento de parques urbanos em fundos de vale: análise das funções de conservação e uso público - estudos de casos múltiplos em Curitiba, Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Martins, Larissa Fernanda Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-07052015-164053/
Resumo: Os Parques Urbanos caracterizam-se como a principal área livre para o lazer e recreação da população e da manutenção dos sistemas naturais no ambiente citadino. Para que estes espaços possam cumprir com suas funções, a administração pública deve manejar de forma equitativa os aspectos naturais e de recreação e lazer. O principal objetivo desta pesquisa foi demonstrar a potencial ineficiência da conciliação entre as funções de Uso Público e Conservação em parques urbanos de tipologia ecológica, localizados em fundos de vale. Adotou-se como hipótese que, a equidade não ocorra devido à concepção paisagística, a qual favorece o uso público, ao instalar equipamentos e infraestruturas destinadas à população, em áreas originalmente frágeis, permitindo que a conservação torne-se um aspecto secundário. Para tanto, desenvolveu-se um sistema de monitoramento por meio de indicadores qualificados e mensurados por escores, os quais visaram identificar elementos que possam subsidiar o cumprimento das funções supracitadas; segregou-se os indicadores em duas categorias: i) Uso Público (7 indicadores) e ii) Conservação (7 indicadores); para determinar a existência de conciliação, os indicadores foram sintetizados em dois índices numéricos (Índice de Conservação (IC) e Índice de Uso Público (IUP), escalonados entre 0 e 10) e posteriormente cruzados em uma matriz de interação, a qual permite inferir 5 classes de conciliação: i) Alta Equidade, ii) Boa Equidade, iii) Moderada Equidade, iv) Baixa Equidade, e v) Inexistente. Com o intuito de assegurar a replicabilidade, o sistema foi aplicado em 3 (três) parques na cidade de Curitiba (PR), com diferentes características de formação e concepção paisagística. A primeira unidade de análise, o Parque Municipal Nascentes do Belém, apresentou o melhor IC (9,6) e o menor IUP (2,8), atribuindo a área o cumprimento da função de conservação e o baixo cumprimento da função de uso público, permitindo que não ocorra conciliação, classificando-o como Baixa Equidade; o Parque Municipal Cajuru, obteve um IC de 4,7 pontos e um IUP de 5,1, fator que indica que as funções sejam cumpridas moderadamente e que ocorra conciliação entre elas; o Parque Municipal Passaúna, apresentou o melhor IC e IUP, respectivamente, 8,2 e 7,3 pontos, apresentando condições de conciliação entre as funções. De acordo com os resultados obtidos, a hipótese inicial foi refutada, principalmente frente ao estudo conduzido no Parque Municipal Nascentes do Belém, onde se verificou maior atenção para a manutenção dos aspectos naturais e a insuficiência de elementos para fins de uso público, ocorrendo exatamente o inverso das conjecturas levantadas; os estudos conduzidos nos Parques Cajuru e Passaúna, também corroboram os resultados. O sistema de monitoramento mostrou-se eficiente ao seu propósito, em apontar se o parque cumpre com as funções e se ocorre conciliação, segundo critérios pré-estabelecidos, além de apontar eventuais falhas na gestão e nortear áreas prioritárias ao manejo.