Apocalypse Now & Forever: figurações do presente em The road, de Cormac McCarthy

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Alysson Tadeu Alves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-01032016-152636/
Resumo: O romance The Road (2006) representa um desvio na carreira do escritor norte-americano Cormac McCarthy. Sua prosa concisa e seu cenário apocalíptico marcam um distanciamento tanto de seus primeiros romances (mais próximos do gótico sulista) quanto dos mais recentes (westerns). Acompanhando a jornada de um Pai e um Filho por um país devastado, o autor faz um comentário sobre os Estados Unidos contemporâneo do pós-11 de setembro e da ascensão neoconservadora e fortalecimento do neoliberalismo. Com o intuito de investigar como o livro figura o presente, essa dissertação evidencia elementos de nosso tempo que se materializam na narrativa. Para isso, num primeiro momento, situa a obra do escritor no panorama da literatura americana contemporânea, e o papel de The Road dentro da bibliografia de McCarthy, culminando com a análise do foco narrativo, e o que ele representa. A partir disso, o eixo do trabalho se torna a produção literária do 11 de setembro, e novamente como o romance se destaca dentro desta contrapondo-o a outra obra contemporânea a ele: Falling Man, de Don DeLillo. Por fim, a análise formal da narrativa irá discutir o apocalipse e dialética estabelecida entre ele e a distopia, que são duas forças em duelo no livro. Assim, articulando esse movimento investigamos o papel dos personagens, cenário e tempo. Conforme teoriza Fredric Jameson, vivemos na era do Capitalismo Tardio, também chamada de Pós-Modernidade, e esta se concretiza ao longo do romance, conforme demonstramos nessa análise. A principal base teórica, novamente, é dada por Jameson em seu The Political Unconscious, além de conceitos formulados por Tom Moylan sobre utopia/distopia, e Frank Kermode sobre apocalipse, entre outros.