Cartas, rádios e impressos: cultura escrita camponesa na Colômbia, 1953-1974

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Hurtado Arias, Aura Esnelia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-13092016-151826/
Resumo: Em 1953, iniciou-se uma das campanhas de alfabetização para a população rural mais importantes e inovadoras da história da Colômbia. A Radio Sutatenza, uma emissora paroquial que havia criado as bases para um método de alfabetização através do rádio, encontrava condições políticas favoráveis para expandir sua cobertura a boa parte do território nacional. Os violentos confrontos partidários do mundo rural e uma suposta ameaça de expansão do comunismo convenceram a Igreja da urgência de alfabetizar e educar a população camponesa. Para isso, as autoridades eclesiásticas colombianas encontraram no governo nacional e nas agências de cooperação internacional seus principais aliados. Foi assim que se criou a Acción Cultural Popular (ACPO), uma instituição com uma estrutura burocrática capaz de implementar os programas educativos pelo rádio. A ACPO se organizava em torno de divisões especializadas em radiodifusão, produção editorial, formação de líderes e comunicação epistolar com a população camponesa vinculada a seus programas educativos, entre outras. Isso criou um fenômeno inédito de massificação da comunicação epistolar em meio à população camponesa. O objetivo desta pesquisa é aproximarmo-nos das dimensões, cartografias e fluxos de tal fenômeno, das formas e sentidos que ele adquiriu entre os camponeses recém-alfabetizados que empunhavam lápis e papel para comunicar-se com a emissora e, finalmente, da interação entre o rádio, os impressos e a correspondência.