Abstração espiritual: Hilma af Klint e a egrégora mística feminina na Arte Moderna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Bortoluzzi, Marina Orofino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-14032025-133357/
Resumo: A pesquisa explora o conceito de Abstração Espiritual, por meio da análise crítica das obras da artista Hilma af Klint e do seu grupo De Fem (Anna Cassel, Sigrid Hedman, Mathilda Nilsson, Cornelia Cederberg), em comparação à produção de suas contemporâneas: Anna Mary Howitt; Georgiana Houghton; Agnes Pelton; e Emma Kunz. A dissertação apresenta como ponto de partida a contextualização do nexo abstrato-espiritual na arte moderna, sob a perspectiva das teorias apontadas por Wassily Kandinsky na publicação Do Espiritual na Arte, de 1912; e pela revisão literária dos estudos do pesquisador Sixten Ringbom e do filósofo Michel Henry. A essa fundamentação teórica, somam-se os ensaios do catálogo da exposição The Spiritual in Art: Abstract Painting 1890-1985, de 1986, realizada em Los Angeles e curada por Maurice Tuchman, e os estudos de gênero nas artes visuais das intelectuais Linda Nochlin, Rosalind Krauss, Griselda Pollock e Lucy Lippard. O panorama apresentado, além dos diários deixados pela artista e investigados por historiadores como Åke Fant, Julia Voss e Luciana Pinheiro, constituem o repertório para a análise central das simbologias encontradas nas obras de Hilma af Klint, em paralelo e consonância com sua egrégora mística feminina. A pesquisa tem como objetivo mostrar como as obras de Hilma af Klint contribuem para a compreensão do conceito de Abstração Espiritual e para o aumento da visibilidade de outras obras de artistas mulheres do período, que não foram devidamente reconhecidas pela história da arte. Concluiu-se que o legado de Hilma af Klint não serve apenas para a reavaliação da posição das mulheres no desenvolvimento da arte abstrata, como também contribui para uma revisão crítica das análises formalistas, propondo o reconhecimento de outras subjetividades, a partir de influências espirituais na construção da estética moderna