Protagonismo feminino na Organização de Controle Social (OCS) do assentamento Milton Santos na região de Americana/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mendonça, Gabriela Mariano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-02092019-093500/
Resumo: As relações de gênero, construídas e enraizadas na sociedade, mantêm o trabalho e expressão da mulher na invisibilidade, subordinada ao trabalho doméstico restrito à esfera privada. Este estudo tem como foco uma Organização de Controle Social (OCS) formada majoritariamente por mulheres que atuam na produção e comercialização de alimentos orgânicos na modalidade dos circuitos curtos, através de uma cooperativa administrada de forma democrática, no assentamento Milton Santos. Este assentamento foi construído como um Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS), conforme as normas do INCRA, e também uma Comuna da Terra, tal como concebido pelo MST. Esta concepção se funda na perspectiva de produção orgânica e de proximidade do assentamento com os grandes centros urbanos consumidores. Ao realizar a pesquisa qualitativa, com observação participante e entrevista semiestruturada com as mulheres desta OCS e com mulheres que não atuam nesse grupo, foi possível examinar em detalhes o dispositivo da OCS, como instrumento de apoio à agricultura agroecológica. Com efeito, as mulheres consideradas neste estudo protagonizam as atividades de comercialização em torno da OCS em questão, com vistas à sua autonomia financeira e à construção de espaço de falas igualitários na esfera pública. A comercialização em circuito curto possibilita maior proximidade entre produtoras e consumidores. A partir destas ações em torno da comercialização, as mulheres consideradas carregam para a esfera pública suas aspirações, para além da esfera privada.