Literatura e violência pós-64: a repressão militar em Quarup e Bar Don Juan, de Antonio Callado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Araujo, Arturo Gouveia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-27122022-155214/
Resumo: O romance de Antônio Callado é pioneiro na representação de uma temática nova na literatura brasileira, nascida com a experiência histórica e cultural dos anos 60: a abordagem da violência oficial trazida pelo golpe de 1964. Quarup e Bar Don Juan, contemporâneos do terrorismo de Estado, são os primeiros romances a tratar dessa questão, centralizando-a. Ao mesmo tempo, não se pode analisar a obra de Callado sem a investigação dos conteúdos cristãos presentes nela. Assim, procuramos demonstrar como o romancista propõe em sua obra a ficcionalização de uma contradição fundamental do país, ainda de origem colonial: uma sociedade edificada sobre a violência e sobre o cristianismo. O golpe de 1964, na interpretação artística de Callado, seria apenas um desdobramento desse paradoxo secular, ainda insuperado