Estudos dos anéis de crescimento de duas variedades de Pinus caribaea cultivadas na Bahia para avaliação da produtividade, massa específica e nutrição mineral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Rezende, Marcos Antonio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20231122-093343/
Resumo: Através de análises físicas e químicas dos anéis de crescimento, procurou-se comparar duas variedades de Pinas caribaea, a variedade caribaea e a variedade hondurensis, com 8 anos de idade, plantadas no litoral norte do Estado da Bahia, numa região de solos de baixa fertilidade. Pela análise física, com auxílio da técnica de atenuação da radiação gama, foram determinadas as massas específicas (densidades) e suas variações anuais dentro da árvore e ainda, através de medidas de campo, estimou-se a produção anual de matéria seca correspondente à cada variedade. Pelas análises químicas, obtiveram-se os teores anuais dos macro e micronutrientes, correlacionando-os aos resultados das análises físicas, no sentido de avaliar as exigências nutricionais de cada variedade. Foram estudadas as variações da massa específica com a altura e idade das árvores; a massa especifica média para cada variedade e suas variações com a classe de metro; os incrementos de massa seca, volume seco, volume verde e energia por hectare de floresta; incrementas anuais de massa e volume obtidos pela análise dos anéis de crescimento no diâmetro a altura do peito, teores anuais de nutrientes no lenho, teores de nutrientes na casca e acículas e extrações anuais de nutrientes pelo tronco. A variedade hondurensis, com uma produtividade média de 5,3 t/ha.ano ou 12,0 m3/ha.ano, mostrou ser uma boa opção para aquela região. A relação entre a matéria seca produzida e o consumo de nutrientes também foi superior para esta variedade, com exceção do manganês. Verificou-se para as duas variedades estudadas uma concentração decrescente de nutrientes no lenho com a idade das árvores. No 5º ano de vida das árvores, ocorreu maior retirada de nutrientes do solo para os elementos Ca, Mg, P, N, Fe e Zn. Outros elementos como B e Cu tiveram uma maior taxa de extração no 8º ano. Houve um decréscimo na concentração de nutrientes no lenho das árvores com o acréscimo dos incrementos anuais de massa e as análises nas acículas indicaram deficiências dos principais nutrientes. Como resultado suplementar ao objetivo principal, encontrou-se uma forma de se obter matematicamente qualquer relação entre massa e volume da madeira em função sua umidade, através de uma única relação obtida experimentalmente. Os resultados são gerais e valem para qualquer espécie. As equações permitem obter indiretamente valores para densidade básica, a partir de dados de massa e volume a qualquer teor de umidade, evitando-se com isso as dificuldades normalmente encontradas ao se trabalhar com amostras completamente saturadas em água.