Análise do potencial de toxicidade do cromo em populações fito e zooplanctônicas e em suas interações tróficas: aspectos estruturais e fisiológicos 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Vieira, Bruna Horvath
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-26062014-125404/
Resumo: O cromo é o sétimo metal mais abundante na crosta terrestre e ocorre naturalmente nos diversos compartimentos ambientais, porém o intenso uso deste metal em atividades industriais tem aumentado a liberação deste contaminante, ocasionando alterações na estrutura e funcionamento dos ecossistemas terrestres e aquáticos. Considerando as diferentes formas de exposição ao metal pelos organismos, procurou-se avaliar os efeitos do cromo nas populações fitoplanctônica e zooplanctônica e nas interações tróficas entre ambas, com base em aspectos estruturais e fisiológicos. Para tanto, foram realizados ensaios ecotoxicológicos com duas espécies de algas (Pseudokirchneriella subcapitata e Chlorella vulgaris), avaliando efeitos na densidade celular, concentração de pigmentos e composição bioquímica, além de ensaios com organismos zooplanctônicos (Cladocera Ceriodaphnia dubia e Ceriodaphnia silvestrii) expostos a diferentes vias de contaminação, como água contaminada, alimento contaminado e a combinação de ambas as situações (água e alimento contaminados), avaliando efeitos na sobrevivência, fecundidade, taxa de alimentação e composição bioquímica. Os resultados obtidos demonstraram que o cromo, nas condições testadas, afetou o crescimento, a concentração de pigmentos e a composição bioquímica das algas P. subcapitata e C. vulgaris. Nos ensaios realizados com C. dubia e C. silvestrii, os diferentes tratamentos com cromo não alteraram a sobrevivência destas espécies, porém, nos tratamentos com meio aquoso contaminado com cromo e exposição combinada (meio aquoso e alimento contaminados com cromo) houve redução na fecundidade e diminuição da taxa alimentar destes organismos. Redução no crescimento populacional e aumento de proteínas, carboidratos e lipídeos totais de C. dubia e C. silvestrii também foram relacionados à presença de cromo. Conclui-se, portanto, que o cromo, nas condições testadas, foi tóxico para as espécies fito e zooplanctônicas, podendo causar alterações nas cadeias tróficas dos ecossistemas aquáticos.