Alterações da cartilagem hialina da cabeça do fêmur de ratos Wistar corredores, em função do envelhecimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Bogoslavsky, Andrea
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-06082007-160531/
Resumo: Vários estudos demonstram que a atividade física é capaz de trazer benefícios para as cartilagens articulares. Estes manifestam-se reduzindo os riscos de lesão articular, prevenindo aderências na articulação, aumentando e mantendo sua mobilidade e combatendo a obesidade, grande fator de risco para o desenvolvimento de lesões articulares. Por outro lado, sabe-se que o envelhecimento provoca alterações deletérias em vários tecidos, inclusive nas cartilagens articulares. O objetivo deste trabalho foi verificar se a atividade física regular promove alterações no processo de envelhecimento da cartilagem articular da cabeça do fêmur de ratos Wistar corredores. Para este estudo foram utilizados 24 ratos Wistar corredores, os quais foram divididos em três grupos de oito animais cada: Sedentários (S) - ratos adultos sedentários; Treinados (T) - ratos adultos treinados; e Controle (C) - ratos adultos jovens. As cartilagens articulares das cabeças femorais foram analisadas por dois métodos: microscopia de luz (três de cada grupo) e microscopia eletrônica de varredura (cinco de cada grupo). Os resultados em microscopia de luz foram obtidos a partir do método esteriológico. Os valores não foram estatisticamente diferentes em relação à idade e ao treinamento para os parâmetros: volume total da cartilagem, número total de condrócitos, densidade de volume de matriz e volume total de matriz (P=0,05). Os dados foram significantes em \"border line\" para idade nos parâmetros densidade do volume celular e volume celular indireto (P=0,058) e para treinamento no parâmetro densidade celular (P=0,058). À microscopia eletrônica de varredura foi possível observar que no grupo S a superfície articular da cabeça femoral apresentava-se lisa e com áreas de erosões bem evidentes, enquanto que, no grupo T e C, haviam nítidas ondulações, sem presença de erosões. Estes dados nos levam a concluir que um programa de atividade física constante durante o envelhecimento é benéfico para a cartilagem articular da cabeça do fêmur, pois sugere que a cartilagem dos animais do grupo S foi mais susceptível a lesões do que as do grupo T e C, e que a atividade física promoveu a estimulação dos condrócitos, aumentando, assim, a resistência da cartilagem às modificações deletérias do envelhecimento.