Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Giusti, Jackeline Suzie |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-01082005-182209/
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Resumo: |
Embora adolescentes do sexo masculino e feminino consumam drogas na mesma proporção, a procura por tratamento especializado é maior entre o sexo masculino. Poucos são os estudos sobre as diferenças entre os sexos dos adolescentes usuários de drogas, principalmente no Brasil. O objetivo deste estudo é descrever as características e investigar possíveis diferenças entre os gêneros dos adolescentes usuários de drogas em tratamento quanto ao padrão de consumo de drogas, conseqüências do uso e evolução no tratamento. Foram avaliadas as diferenças entre os gêneros de 124 adolescentes em tratamento. As variáveis estudadas foram: idade de início do uso de drogas e quando procurou tratamento, companhia do primeiro uso, antecedente familiar, tipos de drogas consumidas, envolvimento em atos ilícitos, problemas com a polícia, atraso escolar, comorbidades, tempo de abstinência durante o tratamento e tempo de tratamento. O sexo masculino foi mais prevalente do que o feminino (81,5% e 18,5%, respectivamente). A idade média na admissão foi de 15,4 ± 1,3 ano e a idade de primeiro uso foi de 13,3 ± 1,5 ano. Setenta e oito porcento dos adolescentes tinham antecedente familiar de uso de drogas. A primeira droga ilícita consumida foi a maconha, sendo esta também a principal droga consumida no ano anterior ao tratamento. Aproximadamente 78% dos adolescentes tinham envolvimento em atividades ilegais, 1,6% tinham comorbidade com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e 5,6% com transtorno de conduta. A média de permanência em tratamento foi de 21,1 ± 19,7 semanas e ____ estavam abstinentes ao final do tratamento. Em todas estas variáveis não houve diferenças entre os gêneros. O sexo feminino apresentou maior prevalência de uso de benzodiazepínico na vida (17,4%), primeiro uso de drogas com familiares (21,1%), outros diagnósticos além do transtorno por uso de substância (25,4%), transtorno depressivo maior (43,5%), tentativa de suicídio (35,5%) e maior período de abstinência durante o tratamento (média de 30,2 ± 24,4 semanas). Entre o sexo masculino foi observado maior prevalência de repetência (87,1%) e problemas com a polícia (48,5%). As conseqüências do uso de drogas (problemas com a polícia e atraso escolar) são mais evidentes entre o sexo masculino, o que poderia explicar a maior prevalência do sexo masculino em tratamentos especializados. Apesar disso, o sexo feminino consome drogas e pratica atividades ilegais nas mesmas proporções do sexo masculino. Tentativas de suicídio e depressão são mais prevalentes entre o sexo feminino, o que parece ser um fator precipitante para a busca de tratamento especializado neste sexo. Estas diferenças observadas justificam a necessidade de diferentes abordagens terapêuticas para ambos os sexos, assim como o desenvolvimento de programas para ajudar a identificação de problemas relacionados ao uso de drogas principalmente entre o sexo feminino. |