Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Denys Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-09032016-153317/
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Resumo: |
As transformações socioespaciais ocorridas na vila de Jericoacoara (Ceará) nos últimos trinta anos marcam o avanço da modernidade com as características da sociedade urbana, onde o fenômeno do turismo é o principal mediador do processo de produção espacial. A passagem de uma comunidade de pescadores para um destino turístico mundialmente conhecido é também a passagem do lugar de consumo para o consumo do lugar. Nesse sentido, nossa pesquisa procurou se debruçar sobre os termos da produção do espaço da Vila, contextualizados pela emergência das relações espetacularizadas mundialmente em intima realização com o plano do lugar. De um lado, o plano econômico apresenta as características da reprodução das formas do capitalismo alterando os conteúdos da vida social. A atividade central nesse processo é o turismo, enquanto mediador do reino da mercadoria, objetiva e subjetivamente, ou seja, a constituição do turismo no lugar se desenvolve com uma base material produzindo uma paisagem artificial facilmente comercializada e uma ideológica onde a imagem do lugar é vendida pelo marketing, alterando os significados e ritmos locais. De outro lado, o plano do político revela as garantias desta configuração através da forma política do Estado e da forma jurídica, regulando o espaço e prolongando o reino da propriedade privada por meio das políticas urbano-turísticas. A esses dois planos soma-se o plano do vivido, a realização da vida cotidiana, que abriga e acentua as contradições do nível global no âmbito do lugar. A expulsão passiva da população que tradicionalmente habitava a Vila ou sua integração colonizada nas novas atividades econômicas altera progressivamente os referenciais locais, gerando estranhamentos com o espaço, o tempo e a memória, que passam a serem repostos como mercadorias. Esse contexto, marca a expansão imensa da pobreza com que a vida cotidiana vai se aprofundando na homogeneização das relações sociais mundiais, caracterizada por contradições entre classes sociais. |