Fitoterapia popular e saúde da comunidade: diagnóstico para proposta de integração nos serviços de saúde em Campina Grande, Paraíba, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Amorim, Joaquina de Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-16042020-105114/
Resumo: O autor estudou o uso da Fitoterapia popular, em 782 famílias do município de Campina Grande, no estado da Paraíba. O estudo realizado foi tipo \"survey descritivo\", utilizou-se a técnica de entrevista estruturada através da visita domiciliária e o instrumento da coleta de dados utilizado foi um questionário constituído de perguntas abertas e fechadas e a coleta de espécimes. A pesquisa enquadra-se na linha dos estudos etnográficos aplicados à Saúde Pública. Constatou-se que 82,9% das famílias tinham um \"especialista\" em plantas medicinais que costumavam usar para si e para sua família, remédio preparado com plantas. Verificou-se que a maioria deles era do sexo feminino (93,7%), da faixa etária entre 15 e 44 anos (47,3%), da religião católica (85,0%) e a maioria (87,2%) havia aprendido utilizar as plantas com a própria família. As plantas medicinais mais utilizadas foram: Lippia alba (443), Cymbopogon citratus (334), Sambucus australis (313), Chenopodium ambrosíoides (231), Punica granatum (231), e Peumus boldus (215), Ruta graveolens (198) e Mentha villosa (181) e os principais problemas de saúde tratados pelos \"especialistas\" com as plantas foram: problemas gastrointestinais (21,1%), de garganta, nariz e pulmões (18,2%), febres e gripes (13,3%), problemas psiconeurológicos (8,3%), cardíacos e circulatórios(6,5%), genitais femininos(6,4%) e bucais(4,3%). Observou-se também que o modo mais freqüente de preparo dos remédios com plantas, foi o chá (infuso ou deccoto)(63,4%) e a parte da planta mais utilizada foi a folha (60,1%), usada com mais freqüência fresca (55,0%). Quanto às indicações, constatou-se que a maioria delas coincidiu com as da literatura científica. Verificou-se, além disto, que o local principal para aquisição das plantas era nos quintais das residências dos \"especialistas\" ou das dos vizinhos (54,5%) e que a maioria (57,0%) dos \"especialistas\" afirmou não conhecer nenhuma planta tóxica. O autor ressaltou a importância da implantação da fitoterapia na rede de serviços públicos de saúde, bem como, a necessidade da universidade integrar-se neste processo através das atividades de ensino, pesquisa e extensão de serviços à comunidade.