A matança dos mortos sagrados: memória, literatura e história na obra de Dalton Trevisan

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Fabricio Leal de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-27012021-164650/
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar os textos que o escritor Dalton Trevisan publicou na Joaquim, revista por ele criada e dirigida entre os anos de 1946 e 1948. Diferentemente dos seus livros ficcionais, esses textos podem ser considerados manifestos, pois são reveladores das raras tomadas de posição do escritor acerca dos debates estéticos do século XX. Antes de ser um escritor reconhecido, Trevisan se posicionou no campo literário de Curitiba como um iconoclasta. Os personagens que ocupavam um lugar de destaque no campo da poesia, da pintura, da escultura e de outras manifestações, foram alvo dos seus escritos da juventude. A deslegitimação que impôs era acompanhada de uma nova proposta estética, de uma nova maneira de olhar para a realidade. Apesar de já estarem mortos,Trevisan realizava uma matança simbólica para redimensionar a memória e o exemplo que inspiravam.a Esses artistas também foram acusados por Trevisan de impedir que Curitiba desenvolvesse o modernismo, o que teria mantido a cidade distante das mais intensas convulsões estéticas. Parlelamente aos textos da revista Joaquim, analisamos também uma série de documentos de Dalton Trevisan ainda inéditos, condição que contribuiu para relevar questões fundamentais sobre a trajetória do escritor mais recluso do Brasil.