Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Jaime de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-01042020-113449/
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Resumo: |
Objetivo. O trabalho visou estudar a distribuição espacial da mortalidade por câncer de mama feminino segundo as 63 microrregiões - MR-do Estado de São Paulo, Brasil, entre os anos de 1991 e 1995, por meio de taxas padronizadas, em estudo do tipo ecológico. Procurou-se, também, verificar a localização e a distribuição geográfica das áreas de maior mortalidade entre as mulheres jovens, de 15 a 44, e idosas, acima de 55 anos. A estimativa de correlação entre a mortalidade padronizada e as taxas de urbanização e densidade demográfica foi pesquisada. Métodos. Os dados de rotina do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde do Brasil foram usados. A população estimada para o período intercensitário referente ao ano de 1993 foi usada como população exposta para o cálculo dos coeficientes na forma de mulheres/ano. A população feminina residente no estado segundo o censo de 1991 foi utilizada com padrão. Resultados. Ocorreram 10.324 óbitos de mulheres residentes entre 1991 e 1995 no Estado de São Paulo. Em 19 MRs ocorreram menos de 30 óbitos (pequenos números) O coeficiente médio do Estado foi 17,9 óbitos por 100.000 mulheres/ano (m/a). O menor coeficiente de mortalidade em mulheres de 15 anos e mais foi 2,4 óbitos e o maior foi 26,0 óbitos por 100.000 m/a. O menor valor de coeficiente padronizado foi 2,8 e o maior 21,8 óbitos em mulheres com 15 anos e mais por 100.000 m/a. Os menores coeficientes, abaixo do percentil 25, agruparam-se nas microrregiões do quadrante sul e oeste do Estado. Os coeficientes situados acima do percentil75, em sua maioria, tenderam a se aglomerar próximos à microrregião da capital e em áreas de grandes concentrações populacionais, estendendo-se para o interior em direção até Botucatu e ao litoral do Estado. Três microrregiões de valores elevados eram contíguas e próximas à de Ribeirão Preto. As microrregiões com coeficientes de mortalidade padronizados elevados, em mulheres com idade abaixo de 44 anos, não apresentaram padrão espacial definido. Por outro lado as microrregiões com coeficientes elevados, na idade de 55 anos e mais, foram praticamente as mesmas áreas cuja mortalidade foi elevada para o total de mulheres de 15 anos e mais. Apesar de os menores coeficientes padronizados de mortalidade menores terem sido encontrados em microrregiões de pequenas densidades populacionais e baixas taxas de urbanização e os valores altos geralmente em grandes concentrações populacionais, o coeficiente de correlação de Pearson foi positivo, mas de valor apenas moderado (0,53). Sugerem-se novos estudos analíticos incluindo outras variáveis tais como taxas de fertilidade microrregional e outras possivelmente relacionadas. Conclui-se pela utilidade da técnica para estudo ecológico exploratório e analítico em câncer. Grande variação entre os coeficientes de mortalidade por câncer de mama no estado de São Paulo, foram observados. As microrregiões com mortalidade mais alta tendem a agrupar-se e situam-se geralmente em áreas de maior taxa de urbanização, embora tenham sido encontrados valores de correlação apenas moderados entre tais variáveis. |