Fluxos e refluxos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Margotto, Samira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16136/tde-05122018-152006/
Resumo: Esta tese procurou contextualizar e analisar as reverberações, em Vitória, capital do Espírito Santo, dos debates que movimentaram o campo artístico contemporâneo, sobretudo, a partir da década de 1990, vinculando os termos arte e democracia. Tal vínculo pode ser associado tanto à emergência de um vocabulário novo no universo da arte (participação, colaboração, extradisciplinaridade etc.) quanto às expectativas criadas em torno da noção de globalização e das novas possibilidades de comunicação propiciadas pela internet. Embora seu caráter retórico ou apenas potencial já tenha sido apontado em estudos críticos, somente nos últimos anos isso ficou notório. A tese adotada nesta pesquisa, portanto, é a de que os mecanismos democráticos amplamente difundidos na virada do milênio, ao contrário de sua aparente função transformadora, atuavam como formas camufladas de apaziguamento, preservando o estrato hierárquico clássico. O recorte espacial selecionado para a discussão foi uma capital periférica brasileira, enquanto o recorte temporal considerou que um momento expressivo dos debates envolvendo arte e democracia em Vitória ocorreu na primeira década do século XXI. Adotando as ações e projetos desenvolvidos por coletivos e pelo poder público como guia, identificando suas referências, propósitos e limitações impostas ou autoimpostas, em cada um dos capítulos, o microcosmo do campo artístico capixaba constituiu um exemplo emblemático de que quanto mais distante dos pontos hegemônicos se observam tais práticas democráticas, tanto internacionais quanto nacionais, melhor podem ser detectados seus traços míticos, entre as quais a noção de que as fronteiras entre centro e periferia estavam sendo redesenhadas.