Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Dantas, Danielle Andrade da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-31082009-145610/
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Resumo: |
A Parede lateral da faringe parece ser a estrutura central envolvida no colapso da faringe nos pacientes com síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS). Os pacientes com roncos e apnéia têm uma faringe mais colapsável associada a um espessamento da musculatura da parede lateral da faringe, em grande parte formada pelo músculo constritor superior da faringe. O endomísio da matriz extracelular do músculo esquelético tem uma íntima relação com as células musculares, influenciando suas propriedades mecânicas e biológicas, podendo modificar seu comportamento e função. As fibras colágenas e elásticas formam o arcabouço do tecido conectivo, enquanto os proteoglicanos e as glicoproteínas estruturais (fibronectina) têm importante papel na propriedade de adesão e hidratação dos tecidos e as metaloproteínas são responsáveis pela degradação dos componentes da matriz extracelular. Os fatores determinantes da complacência excessiva da musculatura da parede lateral são desconhecidos. É possível que a MEC tenha um papel relevante neste aspecto. O objetivo deste estudo é descrever e comparar a densidade dos componentes da matriz extracelular do endomísio da musculatura da parede lateral da faringe em controles, roncadores e apnéicos. Neste estudo prospectivo foram avaliados 61 pacientes maiores de 18 anos e não obesos do Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da Universidade de São Paulo, com indicação de cirurgias faríngeas no período de 2005 e 2006. Os pacientes foram divididos em três grupos: controles (14 pacientes sem roncos ou SAOS), 18 roncadores primários e 29 pacientes com SAOS. Os espécimes foram obtidos da musculatura da parede lateral da faringe (constritor superior da faringe) durante cirurgias faríngeas. Por meio de análise histoquímica e imunohistoquímica foi determinada a área proprocional do colágeno total, fibras elásticas, colágeno tipos I e III, metaloproteínas 1 e 2, versican e fibronectina, no endomísio destas amostras e comparada entre os grupos. Os resultados foram ainda correlacionados com dados antropométricos. O colágeno tipo I foi o componente mais abundante da matriz extracelular no constritor superior da faringe. Observamos uma correlação positiva entre o colágeno I e a idade (r=0,42, p=0,01) e inversa com o colágeno III (r=-0,28, p=0.027). O índice de massa corpórea também mostrou uma correlação inversa com o colágeno III (r=-0,311, p=0,017). Não houve diferenças estatisticamente significantes para os componentes da MEC entre os grupos. Em resume, a análise histológica da musculatura da parede lateral da faringe de um largo grupo de pacientes com distúrbios do sono, revelaram que a composição da matriz extracelular é relacionada à idade e o peso, e não pode ser envolvida nos mecanismos que levam a colapsibilidade e espessamento da parede lateral da faringe. |