Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Luiz Fernando Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-27032020-094749/
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Resumo: |
Objetivo: Estimar os efeitos na incidência de tuberculose, a luz dos conhecimentos da imunologia, numa coorte dinâmica acompanhada por 30 anos utilizando-se de modelo matemático São consideradas as possibilidades de revacinação com BCG aos 7 anos ou 12 anos e a eficácia desta vacina é estimada em 15%, 50% ou 80%. Método: Foi desenvolvido um modelo matemático para simulação computacional utilizando-se da linguagem Fortran 90. Trabalhou-se com uma coorte dinâmica onde nasciam 2000 crianças por ano, sendo que a vacinação com a BCG era imediata após o nascimento. As eficácias vacinais foram estimadas segundo a literatura em 15%, 50% ou 80%. O modelo matemático constava de 6 compartimentos e a passagem de indivíduos entre os compartimentos era mediada por um sistema de equações diferenciais totais, não linear, de primeira ordem. Não foram considerados os casos de reinfecção exógena, reativação endógena e interação da tuberculose com AIDS, além das coberturas de diagnóstico, tratamento e abandono. Foram criados 9 bancos de dados pela combinação das 3 situações vacinais e das 3 possibilidades da eficácia. A coorte foi acompanhada durante 30 anos. Resultados: As simulações do modelo matemático mostram que, se houver uma única dose de vacinação com BCG, os melhores resultados na incidência serão encontrados se a eficácia for de 80%; a incidência no último ano de acompanhamento da coorte variou entre 125 casos/100.000 habitantes e 173 casos/100.000 habitantes. Com a revacinação aos 7 anos a incidência estimada variou entre 66,2 casos/100.000 habitantes com eficácia vacinal de 80% e 99,7 casos/100.000 habitantes para eficácia vacinal de 15%. Os melhores resultados na incidência foram notados com revacina aos 12 anos, tendo a incidência anual variado entre 25 casos/100.000 habitantes para eficácia de 80% e 66 casos/100.000 habitantes para eficácia vacinal de 15%. Os motivos que levaram a um melhor valor com revacina aos 12 anos são as atividades aumentadas dos linfócitos Th1 de memória, que em contato com a vacina BCG, estimula a liberação de citocinas, que são fundamentais para a lise de macrófagos infectados e destruição do M. tuberculosis. Conclusões: A modelagem matemática mostrou ser uma ferramenta importante para estimar os efeitos de medidas de intervenção em saúde pública e, através dos parâmetros do modelo, variar as possibilidades, podendo se optar por uma intervenção mais eficiente. A revacinação aos 12 anos de idade mostrou ser mais eficaz e tem custos operacional social e financeiro muito mais baixos que os custos decorrentes do tratamento dos doentes e eventuais comunicantes. |