Transplante cardíaco: sistema tensional inconsciente dominante e diagnóstico adaptativo operacionalizado de mulheres candidatas ao enxerto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Tamagnini, Elisabete Joyce Galhardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-04122009-105237/
Resumo: O transplante cardíaco representa a última alternativa de tratamento e única possibilidade de sobrevivência do paciente com insuficiência cardíaca (IC) terminal. É indicado quando todos os procedimentos foram considerados ou excluídos no tratamento da cardiopatia grave. Atualmente, os resultados obtidos com a cirurgia de enxerto indicam possibilidade de aumento de sobrevida do transplantado que, de outro modo, iria a óbito. Em aproximadamente 80% dos transplantes de coração hoje realizados, os pacientes estão vivos dois anos após a cirurgia. Devido à escassez de trabalhos encontrados na literatura, a presente pesquisa foi realizada com mulheres cardiopatas indicadas à cirurgia de enxerto. Questiona-se a interferência de relações objetais estabelecidas pelas pacientes na decisão de submissão à cirurgia e adesão aos cuidados do pós-operatório. O objetivo principal foi verificar a dinâmica emocional de mulheres candidatas ao transplante cardíaco. Foram utilizados como instrumentos o Teste de Relações Objetais de Phillipson (TRO), interpretado através de investigações sobre o Sistema Tensional Inconsciente Dominante (STID), e a entrevista clínica classificada a partir da Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada (EDAO), aplicados em sete pacientes encaminhadas à avaliação psicológica pelo Setor de Transplante Cardíaco do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), em São Paulo. A análise dos achados se deu à luz da teoria psicanalítica das Relações Objetais de Melanie Klein. Constatou-se que as mulheres indicadas ao transplante de coração, participantes da presente pesquisa, estabelecem relações objetais persecutórias correspondentes às fases mais arcaicas do desenvolvimento esquizoparanóide e viscocárica. Agindo como fator tensional, a doença cardíaca terminal pode ser vivida como perigo interno, induzindo a excessiva pressão das forças de morte e agravando tendências à negação e abandono do tratamento.