Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Tomaz, Matheus Araujo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-14032023-181057/
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Resumo: |
Publicado por Chico Buarque em 2003, Budapeste apresenta aos leitores a enigmática narrativa, cuja identidade do narrador é um dos mistérios, sobre a oscilante trajetória de José Costa entre o Rio e Budapeste, o português e o húngaro, Vanda e Kriska. Ghostwriter de sucesso, produz sua obra em diferentes gêneros e línguas que o faz ora emergir da matéria narrativa, ora em seu fluxo afogar-se: ao final parece haver apenas espelhos vazios face a face em abismo sem identidade. À primeira vista o romance soa como versão globalizada de artefato autônomo sem ligação com o mundo referencial, cuja potência repousa na instituição de uma lógica meramente artística, possível apenas no campo artístico: labirinto em que se perdem narradores, autor, língua, mundo, do qual apenas a obra consegue sair incólume. Todavia os jogos narrativos revelam-se calcados no chão social do Brasil contemporâneo saído de uma ditadura militar que cortara o tempo ao meio: o domínio das técnicas narrativas da indústria cultural e a pretensão de obra impossível funcionam como falseamento de uma realidade inconciliável. Neste trabalho abordaremos a paranoia objetiva , forma social, no presente romance: como a objetividade social do país, que nunca realizou a Formação , conformou o narrador de Budapeste sintomaticamente, estruturando obra e mundo. |