Cultura de células embrionárias de carrapatos do gênero Rhipicephalus para cultivo de Ehrlichia canis e Anaplasma marginale

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Duarte, Leidiane Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-20022018-162038/
Resumo: No Brasil, carrapatos do gênero Rhipicephalus são representados pelas espécies Rhipicephalus sanguineuss.l. (Latreille) e Rhipicephalus (Boophilus) microplus (Canestrini), sendo que a primeira espécie possui especificidade com cães domésticos e a segunda com bovinos. Para o cão, R. sanguineus s.l. é o principal vetor de agentes causadores da babesiose canina e da erliquiose, enquanto que nos bovinos, R. microplus é responsável, principalmente, pela transmissão de agentes causadores da babesiose e anaplasmose. Alguns dos patógenos causadores dessas doenças são difíceis de serem cultivados in vitro, e não crescem em meios artificiais, especialmente Anaplasma spp. Assim, muitas linhagens celulares de carrapatos foram desenvolvidas nos últimos 40 anos e têm sido amplamente utilizadas para isolamento e propagação de microrganismos patogênicos. Cultivos celulares obtidos de células embrionárias de carrapatos oferecem um sistema de vetor in vitro, que é útil principalmente para estudos de agentes intracelulares. Dessa forma, a obtenção de culturas de células embrionárias de R. sanguineus (origens tropical e temperada) e de R. (B.) microplus, bem como, sua infecção com Ehrlichia canis e Anaplasma marginale, respectivamente, são objetivos do presente estudo. Os cultivos celulares dessas espécies de carrapatos foram preparados com massas de ovos de diferentes idades e mantidos à 30 °C em meio de cultura L15-B, suplementado com 10% de Triptose Fosfato e 20% de Soro Fetal Bovino. Subcultivos foram realizados após a formação da monocamada celular confluente. As identidades celulares foram confirmadas pela PCR e sequenciamento, utilizando um fragmento do gene mitocondrial 16S rDNA. As sequências das culturas de células de R. sanguineus (tropical e temperada) e de R. microplus foram depositadas no GenBank. Essas culturas de células foram infectadas com E. canis e A. marginale (cepas Jaboticabal), respectivamente, e mantidas em meio L-15B (Vitrocell) suplementado com Soro Fetal Bovino enriquecido com ferro (Hyclone) nas concentrações de 2% e 5%. As células infectadas foram mantidas em propagações sucessivas até a terceira passagem, para novas culturas de células não infectadas, sendo então criopreservadas. O DNA extraído das células infectadas e não infectadas de R. sanguineus (de ambas as origens) e de R. microplus, foi analisado pela PCR quantitativa em tempo real (qPCR), utilizando os genes E. canis-dsb e msp1β, respectivamente. Propagações de células de carrapatos infectadas para as novas culturas de R. sanguineus (origem tropical) e R. (B) microplus, foram bem sucedidas. Por outro lado, as células de R. sanguineus (origem temperada) não se tornaram infectadas no presente estudo.