Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Otuki, André Kenji |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-26072010-100856/
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Resumo: |
Clostridium perfringens é um dos microrganismos mais freqüentemente envolvidos em surtos de enfermidades transmitidas por alimentos. Este microrganismo pode ser classificado em cinco tipos toxigênicos (A-E), de acordo com a detecção dos genes codificadores de suas principais toxinas: alfa (cpa), beta (cpb), épsilon (etx) e iota (iap), sendo que técnicas moleculares empregando a PCR são atualmente utilizadas para genotipagem desses isolados. Alguns isolados de C. perfringens produzem uma enterotoxina (CPE) que é responsável pelos sintomas clínicos desenvolvidos em casos de toxinfecção alimentar, sendo que esta toxina é codificada pelo gene cpe. A simples detecção de C. perfringens em um alimento, mesmo naqueles suspeitos de causar surtos, não é suficiente para considerá-lo como de risco à saúde do consumidor. Isto porque dentre os isolados de C. perfringens apenas um número muito pequeno apresenta o gene cpe. Além disso, isolados de C. perfringens não produtores de CPE estão amplamente disseminados no ambiente, em alimentos e mesmo em fezes de pessoas. Desta forma, com o presente estudo verificou-se a freqüência de C. perfringens dentre isolados de clostrídios sulfito redutores, a freqüência de C. perfringens potencialmente enterotoxigênicos e sua variabilidade genética, de modo a evidenciar a importância dessas cepas como causadoras de doenças, além de fornecer subsídios para melhorar os conhecimentos sobre as características das cepas circulantes em nosso meio. Foram utilizados 335 isolados de clostrídios sulfito redutores provenientes de alimentos (126), solo (84) e fezes de animais (125). Dos 335 isolados, 146 (43,6%) foram caracterizados, através de reações bioquímicas e moleculares, comoC. perfringens, sendo 75 isolados (59,5%) provenientes de alimentos, 43 (51,2%) de solo e 28 (22,4%) de fezes de animais. Todas as cepas de C. perfringens analisadas foram tipadas como C. perfringens tipo A. Dos 75 isolados de C. perfringens provenientes de alimentos, 20 apresentaram o gene cpe, sendo 13 (65%) com localização cromossomal; nas demais cepas não foi possível determinar sua localização. Nos isolados de C. perfringens provenientes de solo e das fezes de animais não se verificou a presença desse gene. Das 20 cepas de C. perfringens que apresentaram o gene cpe detectou-se em 15 a produção de enterotoxina; as cinco cepas restantes não apresentaram esporulação no meio DUNCAN STRONG modificado, não sendo possível avaliar sua atividade enterotoxigênica. As 146 cepas de C. perfringens quando submetidas à PFGE geraram 69 perfis PFGE distintos, sendo 42 exclusivos para uma única cepa, indicando uma grande variabilidade genética, entre isolados provenientes de amostra de alimentos, fezes ou solo. A utilização de clostrídios sulfito redutores, ou mesmo de C. perfringens como indicador de possível risco à saúde dos consumidores pode levar à condenação desnecessária de alimentos, uma vez que existe baixa correlação entre costrídios sulfito redutores e C. perfringens, independente da fonte de isolamento, além da baixa freqüência do gene cpe nas cepas estudadas. |