Efeitos do treino de marcha em esteira associado a realidade virtual em indivíduos com doença de Parkinson: ensaio clínico randomizado cego

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Speciali, Danielli Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-24062024-170448/
Resumo: INTRODUÇÃO: A disfunção da marcha é um dos maiores comprometimentos funcionais em pacientes com Doença de Parkinson (DP). O treino de marcha em esteira (TE) tem mostrado melhora dos parâmetros de marcha e equilíbrio. A realidade virtual (RV) vem sendo inserida como abordagem terapêutica na DP, podendo ser utilizada para treinamento motor. Entretanto, faltam estudos sobre os efeitos do treinamento combinado entre TE e RV sob os parâmetros cinemáticos e cinéticos da marcha. OBJETIVO: Avaliar o efeito do treinamento de marcha em esteira associado ou não a realidade virtual na doença de Parkinson. MÉTODOS: Trinta pacientes com diagnóstico de DP, com idade entre 60 a 79 anos, foram aleatorizados em dois grupos: Treino em Esteira (TE) e Treino Realidade Virtual (TRV). Ambos os grupos foram submetidos a 24 sessões de treinamento (12 semanas) em esteira ergométrica, duas vezes na semana, com sessões de 60 minutos. TRV, realizou treino em esteira ergométrica associado a uma tela de RV usando o jogo Nintendo Wii Fit (NW). Os movimentos dos pacientes foram replicados pelo avatar do jogo e projetados na tela em tempo real. Todos os participantes foram avaliados antes e após treinamento pela Escala Unificada de Avaliação para DP (UPDRS), parte II e III, Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA) e análise cinemática e cinética da marcha. As características demográficas e clínicas dos grupos foram comparadas por meio do teste T Student e o teste de variância (ANOVA 3-way) foi utilizado entre grupos, sendo adotado valor de p <0,05 como estatisticamente significante. RESULTADOS: Ambos os grupos mostraram melhoras nas escalas UPDRS, na velocidade, cadência, porcentagem de apoio simples e duplo apoio, comprimento da passada e do passo pré e pós intervenção. O TRV mostrou maior ganho na MoCA. Houve melhora da extensão do tronco, aumento da rotação pélvica, da flexão / extensão do joelho no contato inicial, flexão do joelho na resposta à carga, do pico máximo de flexão dos joelhos na fase de balanço, da flexão plantar dos tornozelos no contato inicial e no desprendimento do pé para ambos os grupos. O TRV apresentou melhora com aumento do pico de absorção e de geração do quadril na fase de apoio, e do pico de dorsiflexão no apoio e de geração de potência do tornozelo no pré-balanço. CONCLUSÃO: Ambos os treinamentos melhoraram os parâmetros cinemáticos lineares e angulares da marcha em indivíduos com DP, mas o grupo TRV foi melhor no ganho cognitivo e dados cinéticos