Análise da fidedignidade dos dados estatísticos hospitalares disponíveis na Secretaria do Estado de São Paulo em 1974

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1977
Autor(a) principal: Lebrao, Maria Lucia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-22022017-150421/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo, analisar a fidedignidade dos dados estatísticos hospitalares recebidos pela Secretaria de Estado da Saúde de são Paulo. Mediante uma amostra sistemática por conglomerado em etapa única, com base nas saídas de pacientes relacionadas nos Boletins 101 - \"Movimento de Pacientes Saídos\" - recebidos pela Coordenadoria de Assistência Hospitalar da referida Secretaria, foram visitados 31 hospitais de assistência hospitalar geral e examinados 7.021 prontuários de pacientes saídos durante um mês. Encontrou-se uma perda de prontuários bastante grande (19,64 por cento ), havendo hospitais onde essa perda chegou a mais de 40 por cento . Em relação aos dados de identificação (idade e procedência) as concordâncias foram altas (97,08 por cento e 96,93 por cento ), o mesmo acontecendo com os dados administrativos - data de admissão (98,47 por cento ) e tipo de saída (99,82 por cento ). Porém, com referência a data de saída, a discordância média foi maior (7,43 por cento ), com valores de até 65,64 por cento e 82,51 por cento de erro. Alguns fatores responsáveis por esses resultados são analisados no trabalho. Quanto aos diagnósticos, verificou-se que há um aumento da relação de diagnósticos por paciente na medida em que se examina a folha de alta e os prontuários, em relação ao Boletim 101 e que alguns diagnósticos tais como anemias, desnutrição e verminoses apareceram inúmeras vezes nos prontuários sem que tivessem sido anotados nas folhas de alta e, consequentemente, no Boletim 101. Em 1404 casos (17,51 por cento ) os diagnósticos registrados nos boletins não concordavam com os diagnósticos anotados nos prontuários, havendo 458 saídas (6,52 por cento ) onde o único diagnóstico registrado era um estado mórbido mal definido, tendo sido possível reduzir, mediante análise dos prontuários, esse número para 174 casos (2,48 por cento ). Em relação à transcrição correta da saída completa, apenas 69,21 por cento dos casos estava totalmente certa, isto é, tinha todos os itens transcritos corretamente.