A infância como portadora do futuro: América Latina, 1916-1948

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Nunes, Eduardo Silveira Netto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-26102011-005044/
Resumo: A construção da infância como portadora do futuro na América Latina é o tema sobre o qual está estruturada esta tese, pela qual buscamos identificar, analisar e qualificar em quais termos se delineou esse tema através do movimento de problematização da infância no continente americano, especialmente na América Latina, o qual teve sua expressão mais destacada na realização dos Congresos Panamericanos del Niño desde 1916 até 1948, num total de nove edições. Para isso utilizamos diversas fontes impressas, com especial destaque para a documentação produzida pelos Congresos Panamericanos del Niño, como os seus Anais, Boletins de organização, além de livros de época, conformando um denso corpo documental. Através dessas fontes identificamos o relevante número de sujeitos e instituições envolvidos, direta ou indiretamente, com o tema da infância; o processo de constituição de especialidades profissionais, como médicos, juristas, assistentes sociais, pedagogos, publicistas, filantropos, políticos, os quais procuravam problematizar a vida infantil nos aspectos econômico, político, demográfico, social, racial, biológico, civilizacional, científico, e propunham inúmeras formas e políticas sociais para reformar, intervir, controlar a infância pobre e suas famílias, no intuito de forjar nações modernas, civilizadas, ordeiras, biológica e geneticamente regeneradas e robustas, laboriosas, organizadas hierarquicamente por classes. Para um novo mundo, uma nova infância deveria ser produzida no interstício entre a gestação e a idade adulta. A infância, para tal movimento, portava o futuro da América Latina como uma possibilidade que deveria ser confirmada pela construção de todo um novo universo, conduzida pelos especialistas, no qual a experiência infantil deveria ocorrer.