Análise do exercício da liderança autêntica em unidades de terapia intensiva de hospitais do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Grivol, Daniele Éllen
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-04092024-085240/
Resumo: O papel do líder é imprescindível para o alcance da integralidade do cuidado e para que a condução da equipe seja coesa, deixando claros os papéis de cada profissional e desmistificando o cuidado fragmentado, de modo que a visão holística do setor e dos pacientes seja uma das prioridades. Em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), reforça-se a essencialidade da liderança, visto que nesta unidade é oferecida atenção em regime de internação especializada para pacientes em estado crítico, que necessitam de cuidados específicos, intensos e ininterruptos. Isso exige, por parte da equipe de enfermagem e, mais especificamente, do enfermeiro, um olhar preciso para as condições clínicas, devido à instabilidade e oscilações do estado de saúde dos pacientes que ali estão internados. O objetivo do estudo foi analisar a percepção dos enfermeiros e técnicos de enfermagem sobre o exercício da liderança autêntica dos enfermeiros que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva adultas e pediátricas de hospitais do interior do estado de São Paulo. Trata-se de um estudo observacional analítico com corte transversal e abordagem quantitativa. O estudo foi realizado nas unidades de terapia intensiva (UTI), adulto e pediátrica, em três hospitais (H1, H2 e H3) do interior do Estado de São Paulo, sendo dois públicos (H2, H3) e um privado (H1). Os participantes do estudo foram os enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam nestas três instituições, os quais responderam ao Authentic Leadership Questionnaire (ALQ). Foi adotado como critério de inclusão a admissão em data igual ou superior a seis meses da data de coleta de dados. Para a realização das análises, adotou-se o uso da classe de Modelos aditivos Generalizados para Locação, Escala e Forma (GAMLSS). O teste ANOVA foi utilizado para investigar a possível associação entre liderança autêntica e a unidade de trabalho. Já para análises descritivas dos dados, as frequências absolutas e relativas foram calculadas para as variáveis quantitativas e as tabelas de contingência foram usadas quando relevantes. Dos 209 participantes da pesquisa, 151 (72,2%) foram técnicos de enfermagem, sendo 107 (70,9%) da rede privada e 44 (29,1%) da rede pública. Dentre os profissionais de nível superior, participaram 58 enfermeiros (27,8%), sendo 32 da rede privada (55,1%) e 26 (46,5%) da rede pública. Referente ao gênero, nota-se que a maioria é de mulheres (76,1%). A idade dos participantes variou de 19 anos até acima de 50 anos. Contudo, a maioria está concentrada entre 36 e 40 anos, sendo, portanto, uma população jovem. Dos 240 profissionais que atuavam nas unidades de terapia intensiva, adulto e pediátrica, nas três instituições, 209 (87,08%) foram considerados elegíveis por atenderem aos critérios de inclusão. Na análise das respostas encontradas no questionário RATER, no qual os técnicos de enfermagem avaliaram seus enfermeiros e estes também se autoavaliaram, foi utilizado para interpretar os resultados, o modelo de regressão linear. Nessa tabela descreve-se a relação entre as variáveis independentes e a variável dependente (achados das respostas do questionário ALQ). Observou-se que os técnicos de enfermagem apresentaram, em média, uma pontuação total 2,29 pontos maior do que os enfermeiros. O tempo de dedicação UTI não parece ser estatisticamente significativo (valor p > 0,05), pois o p-valor é maior do que 0,05. Quanto ao gênero feminino, vínculo contratado e a instituição H3 demonstram ser estatisticamente significativos (valor p < 0,05), pois seus p-valores são menores do que 0,05. Já a H2 não demonstra ser estatisticamente significativo, pois o p-valor é maior do que 0,05. A interceptação também é estatisticamente significativa, o que indica que ela tem um impacto no modelo. Os resultados dessa pesquisa permitem que os profissionais compreendam com mais afinco os benefícios de desenvolver uma liderança mais inovadora e horizontalizada.