Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Mota, Erodilho Sande |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5154/tde-10032008-153646/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: As doenças inflamatórias intestinais têm chamado a atenção da comunidade científica pela multiplicidade de manifestações no trato digestivo, manifestações extra-intestinais e pela sua incidência em ascensão. Existe uma grande prevalência de manifestações extra-intestinais em portadores de doença de Crohn e de retocolite ulcerativa, variando na literatura de 24 a 65%. Estas alterações podem surgir antes dos sintomas intestinais, concomitante ou ulteriormente, podendo ou não ter relação com a atividade da doença intestinal. O conhecimento destas manifestações extra-intestinais assim como seu quadro clínico, evolução e tratamento é importante, devido ao aumento da morbidade e mortalidade desencadeada por elas. OBJETIVO: Objetivou-se neste trabalho determinar a prevalência de manifestações extra-intestinais em retocolite ulcerativa e doença de Crohn, correlacionando com diagnóstico do tipo de doença inflamatória intestinal, extensão, tempo de evolução e aparecimento dos sintomas, sexo e atividade da doença. MÉTODOS: Os pacientes que participaram do estudo estão cadastrados no Ambulatório de Doenças Inflamatórias do Serviço de Cirurgia do Cólon, Reto e Ânus do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo de setembro de 1984 até setembro de 2004. Os dados para a pesquisa foram colhidos retrospectivamente de mil protocolos que foram preenchidos em caráter prospectivo na primeira consulta do doente e atualizados em consultas subsequentes. Foram estudadas as manifestações articulares, dermatológicas, oftalmológicas, urológicas, hepáticas, pulmonares e vasculares. RESULTADOS: Entre os 1.000 pacientes estudados encontrou-se 468 com doença de Crohn (46,8%) e 532 com retocolite ulcerativa (53,2%). Foram encontrados 627 pacientes com pelo menos uma forma de manifestação extra-intestinal(315-59,2% com RCUI e 312-66,7% com doença de Crohn). A média de tempo de duração da doença inflamatória intestinal dos pacientes que tinham manifestações extra-intestinais foi de 10,23 anos, comparado a 7,89 anos daqueles que não possuíam, sendo estatisticamente significativo. Também foi evidenciado que as manifestações extraintestinais surgiram com maior frequencia ulteriormente aos sintomas intestinais da doença. CONCLUSÕES: Na retocolite ulcerativa a maior extensão da doença no cólon foi proporcional a incidência de manifestações extra-intestinais, enquanto na doença de Crohn, quando havia algum acometimento colônico era maior a incidência destas manifestações. Apenas as manifestações urológicas tiveram uma predisposição maior pela doença de Crohn, e nestes, no sexo masculino. As manifestações articulares e dermatológicas foram mais prevalentes no sexo feminino tanto em retocolite ulcerativa quanto na doença de Crohn. Na doença de Crohn também houve maior prevalência de manifestações hepáticas no sexo feminino. As manifestações articulares, dermatológicas e vasculares tiveram uma maior correlação com a atividade da doença intestinal em ambos os grupos. |