Avaliação de calcificação vascular e osteoporose em uma população de indivíduos com 65 anos ou mais na área do Butantã

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Figueiredo, Camille Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5166/tde-27012012-103604/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação de calcificação da aorta abdominal (CAA) com marcadores do metabolismo ósseo: densidade mineral óssea (DMO), dados laboratoriais (cálcio, fósforo, 25OH-vitamina D, PTH) e clínicos em uma população brasileira de idosos. Este foi um estudo de corte transversal onde foram incluídos 815 indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos. Os dados demográficos e de estilo de vida, bem como os parâmetros clínicos que identificam os fatores de risco para osteoporose e calcificação vascular foram obtidos por um questionário padronizado. Densidade mineral óssea (DMO) e parâmetros laboratoriais foram avaliados em todos os indivíduos. Foram realizadas radiografias de coluna lombar para a análise de calcificação da aorta abdominal nos segmentos correspondentes às vértebras L1 a L4. Para cada segmento lombar foi dada uma pontuação de 0-3 para as paredes anterior e posterior, com um escore máximo de 24 pontos (Kaupilla et al., 1997). Resultados: 63,2% dos idosos apresentavam algum grau de CAA, com um escore médio de 4,68 5,88. Analisando as variáveis contínuas observamos que o escore de CAA foi correlacionado diretamente à idade, fósforo sérico, LDL-colesterol (LDL-C), triglicérides e inversamente ao índice de massa corpórea (IMC), DMO do colo do fêmur e DMO do fêmur total (p<0,05). Em relação às variáveis binárias o escore de CAA foi associado à história de fraturas prévias por fragilidade, baixa atividade física, quedas no último ano, tabagismo atual e hipertensão arterial (p<0,05). A análise de regressão linear múltipla demonstrou que o escore de CAA foi diretamente relacionado à idade (p<0,001), tabagismo atual (p<0,001), hipertensão arterial (p=0,002), LDL-C (p=0,05), triglicérides (p=0,002), fósforo sérico (p=0,005) e inversamente associado à DMO de fêmur total (p<0,001). Um aumento no escore de CAA foi observado com a elevação dos níveis séricos de fósforo [ 2,4mg/dL: escore de CAA = 1,9 (DP: 3,9); 2,5-3,5mg/dL: escore de CAA = 4,5 (DP: 5,6) e > 3,5mg/dL : escore de CAA = 5,3 (SD: 6,3) p=0,003]. Este estudo demonstrou que, além dos fatores de risco clássicos para doença cardiovascular (HAS, tabagismo e lípides), o fósforo sérico e a DMO do fêmur total foram fatores de risco adicionais ao complexo processo de calcificação vascular em idosos da comunidade