Inferência sobre parâmetros relativos à estrutura genética de populações com dados de frequências gênicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Muniz, Joel Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11134/tde-20210104-172737/
Resumo: Com o objetivo de estudar a análise de variância de frequências gênicas visando a caracterização da estrutura genética de estimadores dos populações de indivíduos diplóides, estabeleceram-se as propriedades dos parâmetros genéticos obtidos pelo método dos momentos, bem como a distribuição do quociente entre quadrados médios tentando propor um critério para testar a nulidade do coeficiente de endogamia. Foram considerados os seguintes casos: a. análise de variância das frequências gêmeas de amostras de indivíduos de uma população; b. análise de variância de frequências gênicas de amostras de indivíduos de populações diferentes. No estudo dos estimadores dos parâmetros genéticos, por se tratar, da estimação de quocientes entre variáveis aleatórias, utilizou-se a aproximação através do desenvolvimento de uma função em série de Taylor. No caso de amostras de indivíduos de uma população, as expressões dos estimadores foram avaliadas numericamente utilizando-se os resultados da estimação em N = 100 experimentos simulados através do SAS (“Statistical Analysis System”), considerando-se amostras com n = 10, 20, 30, 50, 100 e 200 indivíduos, extraídas em 99 populações de dois alelos e em 110 populações de três alelos, com diferentes coeficientes de endogamia e frequências gênicas. Nas populações de três alelos, comparou-se ainda a estimação do coeficiente de endogamia obtida da média das estimativas de cada alelo e através da análise conjunta envolvendo os três alelos. No estudo da distribuição do quociente entre quadrados médios, os resultados foram avaliados numericamente utilizando-se os resultados da simulação de N = 1000 experimentos através do SAS, considerando-se 17 tamanhos diferentes de amostra entre 5 e 500 indivíduos em 19 populações não endogâmicas de dois alelos e 21 populações não endogâmicas de três alelos, com diferentes frequências gênicas. Os estimadores do coeficiente de endogamia e da taxa de fecundação cruzada foram tendenciosos. As expressões das tendências apresentaram-se em função de 1/n, tomando-se desprezíveis com o aumento de n. As fórmulas propostas para estimação da variância do estimador do coeficiente de endogamia e do estimador da taxa de fecundação cruzada apresentaram resultados satisfatórios quando o coeficiente de endogamia da população foi inferior a 0,5, a frequência gênica estava entre 0,3 e 0,7 e o tamanho da amostra superior a 30 indivíduos. A estimação do coeficiente de endogamia em populações com alelos múltiplos, usando a análise conjunta com todos os alelos foi menos tendenciosa que a estimação através da média das estimativas nas análises de cada alelo, embora apresentassem a mesma variância. O critério para testar a nulidade do coeficiente de endogamia mostrou-se válido usando-se: 30 indivíduos se a frequência gênica da população estiver entre 0,3 e 0,7; 50 indivíduos se a frequência gênica estiver entre 0,25 e 0,7 5 e 100 indivíduos se a frequência gênica estiver entre 0,2 e 0,8. No caso de três alelos o critério usando a análise conjunta foi bastante restrito, valendo apenas se a frequência de cada alelo não for menor que 0,2 , o número de indivíduos estiver entre 10 e 30 e o nível de significância for 0,01. No caso de amostras de indivíduos de populações diferentes, os estimadores do coeficiente de endogamia de todos os indivíduos das populações, do coeficiente de endogamia dos indivíduos dentro das populações, do coeficiente de coancestria e da taxa de fecundação cruzada foram tendenciosos. As tendências dos estimadores dos coeficientes de endogamia foram negativas. As variâncias dos estimadores dos coeficientes de endogamia e da taxa de fecundação cruzada tiveram expressões semelhantes às fórmulas obtidas no caso de amostras de indivíduos de uma população.