A criança em situação de rua na imprensa paranaense A construção social nos deslocamentos semânticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Farah, Angela Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-12072018-143945/
Resumo: Esta pesquisa propõe uma discussão sobre a narrativa jornalística e suas técnicas de produção, como elementos norteadores para a compreensão de temas atuais e relevantes para o exercício da cidadania, por meio da análise de reportagens que tratem da temática \"crianças em situação de rua\" e as variações semânticas em torno de expressões, como \"menores\", \"menores de rua\", \"meninos de rua\", entre outras, ao longo das últimas décadas, que podem denominar um grupo de crianças que vive nas ruas das cidades. A alteração dos usos semânticos como se nomeia o grupo ou o indivíduo, o tratamento e a compreensão na imprensa dessa temática são o foco central da investigação. A pesquisa de campo inicial se caracterizou pela busca do material jornalístico produzido por jornais paranaenses, observando as mudanças sociais e legislativas ocorridas desse período em diante, com a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990. Foram selecionadas sete pastas fornecidas pela técnica da Biblioteca Pública do Paraná com a palavra-chave menor carente. O maior número da amostra corresponde a material jornalístico informativo, seguido de artigos opinativos. Para realizar a leitura cultural do material selecionado, são identificadas as quatro linhas epistemológicas da reportagem dadas por Cremilda Medina e Paulo Roberto Leandro, em 1973: o protagonismo social, a consequente contextualização que, por sua vez, apresenta-se no âmbito de raízes histórico-culturais e passa pela análise dos especialistas em diagnósticos-prognósticos sobre a circunstância em pauta, além do estudo das noções desenvolvidas por Cremilda Medina, como a dialogia social e o signo da relação; a interação social criadora; a narrativa da contemporaneidade; o leitor cultural; e a observação-experiência; assim como a discussão, sobre a fixação no tempo documental da produção jornalística, principalmente por meio da reportagem, buscando os sentidos semânticos nos arquivos produzidos por centros de documentação, como é o caso do corpus desta pesquisa.