Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Costa, Carmem Lúcia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-06122010-151424/
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Resumo: |
A Festa em Louvor à Nossa Senhora do Rosário é uma parte da identidade de moradores do interior de Goiás no Brasil, mais especificamente da cidade de Catalão. A Festa é realizada, primeiro apenas por descendentes de escravos, que usavam a festa para manterem vivas suas tradições no espaço do outro, o colonizador; anos mais tarde, para firmar-se na cidade, os dançadores que eram em sua maioria pobres que lutavam todos os anos, não apenas para sobrevier, mas também para fazer a festa na cidade do outro, levar seus grupos à Igreja de Nossa Senhora do Rosário. A Festa sobrevive através da religiosidade, da Congada e do comércio na/da festa, aqui analisado na feira as barraquinhas. Mais tarde, tornou-se uma festa de todos, com interesses diversos. É uma festa com dimensões sagradas e profanas onde observa-se o embate entre o global e o local, bem como as estratégias que aqueles que fazem a Festa têm que adotar para continuar existindo. É uma festa social, espetacularizada e em processo de mercadificação, de apropriação do trabalho de homens e mulheres, alienando-os em suas práticas festivas. A prática socioespacial da Festa do Rosário justifica a realização dessa pesquisa pela contribuição para uma Geografia Urbana que seja parte de um projeto do direito à cidade para todos. A festa é um direito dos que a fazem e dos que hoje acompanham-na, seja para rezar, para dançar na Congada ou para comprar nas barraquinhas. As transformações, as persistências e as deteriorações mostram a resistência dessa prática festiva às estratégias do econômico na reprodução da cidade para a troca capitalista, revelando a cidade para a reprodução da vida, da troca, do encontro, da fé e da cultura popular. |